As sete razões que fazem do River o único time 100% nesta Libertadores
Tales Torraga
Há 32 times na fase de grupos da Libertadores da América. E só um com 100% de aproveitamento: o River Plate, que na noite de ontem (27) venceu o Emelec em plena Guayaquil e de virada: um 2×1 no Equador que fez a equipe comandada por Marcelo Gallardo tornar-se também a maior vencedora da história da Libertadores. Agora são 156 vitórias na competição, contra 155 do Peñarol e 154 do Nacional.
O River fez três partidas, enquanto 22 times já chegaram a quatro jogos. Mas o compromisso a menos não tira o mérito do Millonario, que venceu duas partidas como visitante (além de ontem, também o 3×1 no Independiente na estreia, em Medellín). Además do 100% na Libertadores, o gigante de Núñez tem cinco vitórias e dois empates pelo Argentino em 2017. É hoje o quinto na classificação.
A Argentina branca e vermelha con la banda está em êxtase. ''Es tan perfecto que asusta'', repete a torcida do River, cantando um grande sucesso do grupo de rock Callejeros. É lugar-comum nas ruas, nas TVs e nas rádios de Buenos Aires: até os times brasileiros, ricos e recheados de craques, observam e temem a versão 2017 da Máquina Millonaria, como os agrandados portenhos já chamam a equipe.
É para ter medo?
O respeito é suficiente, convenhamos, mas dialogar isso com a torcida do Millo é quase impossível – como qualquer outra torcida apaixonada e nas nuvens.
Mas há, sim, sete motivos para olhar para o ''famoso River'' com muita atenção:
1) A VOLTA DE ARIEL ROJAS. O volante campeão pelo River em 2015 retornou ao Millo jogando o seu melhor. Tem fôlego, tem patada (as análises argentinas passam por isso) e sabe o que fazer com a bola – canhoto inteligente, como tanto valoriza Gallardo (ele mesmo um jogador inteligente como poucos, o Muñeco).
2) NACHO FERNÁNDEZ. O parceiro de Rojas na contenção é ainda mais preciso nos passes e na armação. Uma dupla brilhante, Nacho-Rojas. E ainda tem o leão Ponzio como ''capanga'', destruindo os rivais e passando curto para um dos dois.
3) PITY MARTÍNEZ. O tão contestado ''enganche'' agora está brilhando. Outro mérito de Gallardo, que o sustentou enquanto todo o Monumental pedia sua saída.
4) ATAQUE. Pipa Alario e Gordo Driussi resolvem qualquer problema. Na Libertadores, Driussi fez 3 gols; Alario, 2. No Argentino, Driussi é o artilheiro, com 13; Alario tem 9. Driussi tem 21 anos; Alario, 24. Muita técnica e muita coragem.
5) MARTÍNEZ QUARTA. Zagueiro de presença, ótima saída de jogo, gols e…só 20 anos. Outro brilhante achado das canteras do River, a melhor das Américas.
6) BATALLA. É o Pity Martínez de luvas. Todos queriam outro nome no arco millonario, mas Gallardo insistiu e o goleiro de também apenas 20 anos e cria da casa está salvando a equipe – ontem contra o Emelec foi um ótimo exemplo.
7) BANCO DE RESERVAS. Os veteranos atacantes uruguaios Mora e Alonso poderiam ser titulares em muitas equipes – mas estão como suplentes no River. E em paz. Fazem gols importantes e são um trunfo ante qualquer defesa rival.