Por que Messi nunca foi campeão pela Argentina? Estatística tenta explicar
Tales Torraga
Fala-se de tudo sobre o martírio de Lionel Messi na seleção argentina. É mesmo intrigante demais que um dos melhores jogadores de todos os tempos tenha um rotundo zero no currículo de conquistas pelo seu tradicional – e exigente – país.
Mas uma estatística muitíssimo bem apurada por Juan Pablo Paterniti – autor do livro ''Messi 10.0'', só com a numeralha do craque – joga uma luz nesta questão.
Messi estreou com a camisa da Argentina em 17 de agosto de 2005, em um amistoso contra a Hungria. São 13 anos incompletos de lá para cá. E nada menos do que oito treinadores diferentes no comando da seleção.
A lista completa:
Com esta rotatividade, como exigir que Messi conquiste um título por uma Argentina que, vale lembrar, já não ganhava nada desde 12 anos antes de ele estrear?
A última vez em que a AFA colocou um troféu em sua estante foi em 1993, com a Copa América disputada no Equador e vencida com um 2 a 1 diante do México. Depois disso, conquistas só nas divisões de base e nas Olimpíadas (2004 e 2008).
Calcular a média de partidas por treinadores de Messi deixa muito claro: o Pulga em momento algum contou com um projeto duradouro na seleção. Pegar seus 124 jogos e dividir pelos oito treinadores dá a quantidade surpreendente de 15,5 jogos a cada técnico – menos do que um mero turno completo pelo seu Barcelona.
Não é não cantar o hino, não é o pecho frio, não é ser diferente de Maradona.
O jejum de Messi na Argentina passa, por supuesto, pelo senhor do banco de reservas (de onde Lio não saiu, aliás, na derrota na Alemanha-2006, vai entender).