Herói, goleiro do River surge como surpresa para o Mundial da Rússia
Tales Torraga
O comemoradíssimo título do River Plate sobre o Boca Juniors na Supercopa Argentina – 2×0, gols de Pity e Scocco – pode ter representado também o fim de um dilema para o técnico Jorge Sampaoli, que é um assumido torcedor do River.
Sempre delicada, a posição de goleiro da Argentina na próxima Copa do Mundo pode contar com a escalação de Franco Armani até mesmo como titular na Rússia.
Contra o Boca, Armani foi mesmo o ''goleiro de luxo'', como brinca a Argentina.
Salvou pelo menos cinco oportunidades de gols do rival – que, verdade seja dita, jogou de igual para igual com o River, que se aproveitou de um maior oportunismo no ataque e de um Armani em uma noite digna de Pato Fillol.
O hoje camisa 1 do River está com 31 anos e nasceu em Casilda, que é também a cidade-natal de Sampaoli. Franco chegou ao River apenas no mês passado e demonstrou ontem en una final muy brava por que sua fama no Atlético Nacional, seu ex-clube na Colômbia, era de ''melhor goleiro da América do Sul''.
Franco, ao menos ontem, foi levado aos céus pelo torcedor portenho, que não nutre grandes carinhos por Sergio Romero, dono nas luvas argentinas nos últimos três Mundiais. Romero é um goleiro de bons serviços prestados à seleção. Não há nenhuma derrota decisiva que possa ser colocada na sua conta. Mas ele chega à Copa sem ritmo, pois é reserva – há três anos! – de De Gea no Manchester United.
Já Armani, não.
Chegaria referendado pelo que faz no River – e pelos milagres ante o Boca.
Na alta madrugada em Mendoza, o presidente do River, Rodolfo D'Onofrio, dava a convocação de Armani para a Copa como certa. O blog apurou que o raciocínio se confirma e que Sampaoli está sim convencido a levá-lo ao Mundial – mas apenas a preparação mostraria quem seria titular, se ele ou Romero, o que faz todo o sentido.
O terceiro goleiro será Caballero (Chelsea) ou Marchesín (América-MEX).