Pagar três técnicos ao mesmo tempo: o custo da atual desorganização da AFA
Tales Torraga
Edgardo Bauza vai ser demitido hoje – quem lê o blog sabe que ele deu adeus ao cargo já no dia seguinte à partida contra a Bolívia em La Paz.
A ironia extrema da sua saída é que a AFA, mergulhada em crise e sem dinheiro, vai provar de sua própria desorganização ao buscar a vaga para a Copa do Mundo tendo que cobrir as despesas de três treinadores.
A associação ainda não quitou suas dívidas com Tata Martino, dispensado em agosto, e seus colaboradores processaram a AFA pedindo US$ 3 milhões.
O dinheiro de Bauza é menor, mas igualmente custoso para os cofres da associação. Patón vai exigir que lhe seja destinada integralmente a multa prevista em contrato, algo em torno de US$ 900.000.
E há também o custo que vai gerar a contratação de Sampaoli. Para sair do Sevilla, a multa de rescisão é de 1,5 milhão de euros. Os valores que a AFA calcula para manter sua vinda são igualmente altos – uma cifra razoável é que toda sua comissão técnica custaria cerca de R$ 1 milhão por mês.
Em crise em campo e pagando três treinadores ao mesmo tempo. De novo: a Argentina está flertando com o desastre. Ela participa de todas as Copas do Mundo desde 1974. Mas a Rússia 2018 é uma grande ameaça a esta sequência. Sem Messi e a partir de hoje, oficialmente, sem treinador. Duro, eh?!