Riquelme abre o jogo sobre a vida pós-Boca: “Virei um velho bobo e chorão”
Tales Torraga
Juan Román Riquelme deu uma entrevista hilária ontem (24) à FOX Sports em Buenos Aires. O maior ídolo da história do Boca está com 38 anos, mas com um comportamento, como reconhece, de ''velho bobo, ranzinza e chorão''.
(Imaginem como é difícil lidar com um ''velhinho'' portenho nessa situação…)
Ele deu sinais disso logo de cara, quando interrompeu o repórter e o corrigiu, um pouco irritado: ''Juan Román Riquelme? Me chame só de Román''.
Gambeteador em campo, Román agora sai distribuindo patadas por aí.
Sem uma bola para correr atrás já há dois anos, o grande desafio de Riquelme agora é lidar com os fãs que lhe transbordam de carinho por onde quer que vá: ''Estou mais sensível depois que parei de jogar. Fui tomar um mate com uma criança que estava na cadeira de rodas e o amigo que estava comigo começou a chorar. Nesse dia eu fiquei tão sensibilizado que nem tive condições de jantar. E hoje acontece comigo sempre, estou sempre chorando''.
''O torcedor me dá muito carinho, me deixa bem sensível. O volante do Lanús que tatuou um braço por mim…É uma loucura! Fui somente um jogador de futebol com sorte e com companheiros que facilitaram muito a minha vida.''
Riquelme foi cortante também ao falar do que espera da sua vida a partir de agora, sem saber com o que trabalhar: ''O meu trabalho hoje é o mais difícil do mundo, que é ser um bom pai''. Florencia (16), Agustín (12) e Lola (8), a prole romaniana.
Román deve ter sua partida despedida na Bombonera em dezembro – e esta vai ser, seguro, uma das maiores comoções coletivas da história recente da Argentina.