Sem raça e sem graça: Pity Martínez afunda o desinteressado River
Tales Torraga
A bola do jogo parou no seu pé antes de estourar no travessão nos instantes finais. Nos pênaltis, uma cobrança pouco firme, retrato do que foi o River Plate nesta noite na Florida Cup. A vaga do São Paulo à final do torneio dos Estados Unidos se deve muito ao que (não) fez o camisa 10 millonario Gonzalo El Pity Martínez, muito questionado pela torcida e que já começa o ano sem dar sinais de que virá a trégua.
O 0x0 do River contra o São Paulo foi um sinal claro de como a equipe se portou no amistoso: de maneira pouco combativa e com muitas dificuldades de se encontrar em campo. Gallardo escalou os reservas no início e com o tempo foi colocando alguns titulares – nem todos, é verdade, pois os próximos meses prometem ser intensos demais para queimar cartuchos agora com amistosos.
Quantos 0x0 o River teve nas 14 rodadas de Argentino? Zero. Este dado, e a cara conformadíssima de toda a equipe depois da derrota nos pênaltis retratam bem o que foi este compromisso contra o São Paulo. Parecia que não viam a hora de acabar. Quem assistia ao jogo provavelmente pensava o mesmo.
Duas baixas: tanto o atacante Alonso como o volante Denis Rodríguez saíram machucados. Uma única alta: o goleiro Bologna, que deu a segurança que o pibe titular Batalla não vinha oferecendo.
A transmissão da TV argentina pouco enfatizou a estreia de Rogério Ceni. Compreensível. O mesmo ocorreria na narração brasileira se um ex-jogador de passado imenso no River fizesse seu primeiro jogo como treinador. Uma atuação sem raça e sem graça dos comandados de Gallardo.