Ex-Palmeiras e Flamengo, Mancuso entra na mira da Justiça argentina
Tales Torraga
Implacável marcador de Palmeiras, Flamengo e Santa Cruz nos anos 90, o ex-volante Alejandro Mancuso é quem está marcado hoje pela Justiça argentina.
Mancuso tem 48 anos, e nos últimos meses os conflitos judiciais tiraram sua paz. Em um deles, no fim de 2015, teve sua captura pedida em Buenos Aires. Foi acusado de usurpação de imóvel e ameaças ao homem que comprou os seus campos de futebol sintético no bairro de Liniers, na capital argentina.
Depois de entregar as chaves, o ex-jogador se opôs ao que seria a construção. Segundo as acusações, trocou as fechaduras e ameaçou o novo proprietário. Sua captura foi pedida porque Mancuso não apareceu para depor.
O ex-volante se defendeu na TV: ''Discutimos em alto tom porque não pude retirar meus troféus, lembranças e fotos do imóvel'', afirmou. Alejandro Sanchez Kalbermatten, seu advogado, disse que a situação foi normalizada e que houve um erro na notificação, por isso Mancuso não compareceu ao depoimento.
Quem também brigou judicialmente com Mancuso e pediu sua prisão foi Diego Maradona. Juntos, Maradona (técnico) e Mancuso (assistente) conduziram a Argentina na Copa de 2010. Foram eliminados pela Alemanha nas quartas.
Maradona o acusou de uso indevido de imagem e de falsificar sua assinatura. Mancuso argumentou que as queixas eram infundadas, tanto que o processou e pediu a perícia psiquiátrica de Maradona. ''A droga afetou sua memória'', disse.
Menos pesada, e mais bizarra, foi sua desavença vivida no fim de 2014.
Em um Brasil x Argentina de veteranos organizado em Natal (RN), foi anunciada a presença de Claudio Caniggia, mas quem apareceu foi outro jogador, disfarçado. Mancuso atribuiu a responsabilidade aos produtores do Brasil e se defendeu: ''Em momento algum disse que Caniggia iria jogar. Fiquei bastante surpreso''.
Mancuso segue ativo na organização de partidas conhecidas na Argentina como 'indoor show' – o equivalente ao 'showbol' no Brasil. Neste sábado, realizará um jogo para comemorar o aniversário da cidade de Trelew, na província de Chubut, extremo da Argentina, a 1.451 quilômetros de Buenos Aires.