Patadas y Gambetas

Dybala: “Não choro nem em casa”

Tales Torraga

Messi fez o gol da vitória por 1×0. Ele e Mascherano foram os melhores em campo contra o Uruguai. Mas foi o choro do pibe Paulo Dybala – 22 anos, astro da Juve, jogador de 32 milhões de euros – o momento inusitado do clássico de Mendoza.


Levou o segundo amarelo e saiu de campo no último minuto do primeiro tempo.

O segundo amarelo foi merecido. O primeiro não. ''O juiz foi vaidoso demais'', reclamou Patón Bauza. E Dybala saiu de campo aos prantos. Rompió en llanto.

''Não sou de chorar nem em casa. Nem meus pais me veem chorando. E agora o mundo todo viu'', comentou, rindo, em visita que fez à redação do diário ''Olé''.

''Nunca me expulsaram. Levo só dois amarelos por ano.''

Sem bravatas. O histórico de Dybala comprova seu jogo limpo.

''Fiquei muito mal. Foi um momento feio. Mas o Patón me deu muita força. Me elogiou e me disse que ele havia feito coisas parecidas. Me ajudou demais.''


''Só senti uma angústia assim uma única vez, quando jogava no Instituto [time da B Nacional] em 2012. Desta fez, foi mais forte que eu. Explodiu meu peito.''

''Messi também me consolou. Disse que não foi culpa minha, e sim do árbitro.''

Dybala volta em breve à Juventus. Seu nível já o coloca como integrante fixo do incrível ataque da Argentina. Contra o Uruguai jogaram ele, Messi, Pratto e Di María. Depois entrou Lucas Alario, do River, que ainda atuou (e bem) como volante.

E ainda restam por convocar Icardi, Vietto, Agüero, Pavón, Calleri, Higuaín, Ábila…

Pedazos de delanteros, eh?

Patón deve fazer todos os testes que precisa. O pé de obra lhe sobra.

Analisa de perto 60 jogadores. Não são poucos os argentinos especialmente em Buenos Aires que olham hoje para a sua seleção e veem o melhor time do mundo.

O ranking da Fifa concorda. Só não contem para a Alemanha. Nem para o Chile.