Patadas y Gambetas

Cusparada em Messi, doping e unhada: 5 ‘loucuras’ do River no Mundial

Tales Torraga

O River Plate estreia no Mundial de Clubes às 14h30 (de Brasília) desta terça (18), contra os árabes do Al Ain. A partida será em Abu Dhabi e marca a quarta presença do gigante de Núñez na competição: foi campeão em 1986 contra o Steaua Bucareste e vice em 1996 e 2015, perdendo para Juventus e Barcelona.

O blog resgata cinco histórias do Millonario no Mundial:

CUSPARADA EM MESSI…
Lionel Messi já registrou até em livro que era torcedor do River Plate em sua infância: fã de Pablo Aimar, costumava gritar com entusiasmo os gols do timaço (Aimar, Saviola, Ortega, Ángel…) que brilhava na Argentina na virada do milênio. O carinho de Messi pelo River o fez ''pedir desculpas'' à torcida do gigante de Núñez  logo depois de marcar o gol que abriu a contagem dos 3 a 0 para o Barcelona na final do Mundial de 2015, disputada em Yokohama, no Japão.

A simpática iniciativa de Lionel não encontrou respaldo nos fanáticos, que cuspiram no astro argentino no aeroporto de Narita. Messi precisou ser contido para não agredir os torcedores que causaram a lamentável cena.

River posado antes de enfrentar o Barcelona em 2015 – Fifa/Divulgação

…E SOCO EM MASCHERANO
Outro que esteve muito perto de ser agredido na mesma ocasião foi Javier Mascherano. O volante se safou, mas por pouco. Os mesmos baderneiros que cuspiram em Messi partiram para cima para dar socos do Jefecito com motivo ainda mais absurdo: concentrado no aquecimento, ele não saudou e sequer olhou para a numerosa torcida do River presente ao estádio naquela decisão. ''Não queria me abalar psicologicamente'', explicou depois. ''Te demos de comer e você nos esnobou, seu h… de p…'', gritavam os torcedores do River no aeroporto, lembrando que Mascherano era um atleta formado no clube.

O time que perdeu para a Juve em 1996 – Reprodução Site Estadísticas de River

JUVE ANABOLIZADA
O River perdeu o Mundial de 1996 para uma Juventus que tinha um timaço, com Zinédine Zidane, Alessandro Del Piero, Paolo Montero, Ciro Ferrara e Didier Deschamps, entre outros. A partida estava equilibrada até o gol único de Del Piero, que venceu o goleiro Bonano apenas a nove minutos do fim do tempo normal. Soube-se depois que aquela Juventus estava dopada por usar EPO, uma substância proibida então muito comum no ciclismo.

A UNHA DE GALLEGO…
O River campeão em 1986 contava com um capitão experientíssimo: o defensor Tolo Gallego, da seleção argentina de 1978. Já fora de forma e sem conseguir acompanhar a rapidez dos atacantes do Steaua Bucareste, da Romênia, ele apelou a um recurso que faz parte do extenso livro de atitudes duvidosas do futebol argentino: deixou crescer as unhas das mãos e as afiou para raspá-las na cabeça e na cara dos adversários. Com as mesmas mãos, ergueu o troféu de campeão naquele que é o único título mundial da equipe até hoje.

Campeão do Mundo em 1986 – Reprodução/El Gráfico

…E O DESMAIO DE ALONSO
Poucas coisas podem ser tão gloriosas para um jogador de futebol do que dar a volta olímpica em um Mundial. Não foi o que aconteceu com Beto Alonso, o veterano ídolo que integrou o River campeão em 1986. Assim que terminou o jogo, ele relatou uma experiência mística, com o ''espírito saindo do corpo''. Assustado, não quis festejar nada, deixando o campo e tendo um rápido desmaio no vestiário.

Logo depois, anunciou aposentadoria. Tinha só 33 anos.