O insano jejum de Messi: 675 minutos sem gols em Copas
Tales Torraga
A Argentina enfrenta a Nigéria amanhã (26) em uma das partidas mais delicadas da sua história – e é curioso que seja exatamente contra a Nigéria que Lionel Messi, a grande esperança de bom futebol da equipe, tenha feito seu último gol em Copas do Mundo. Foi em 25 de junho de 2014, quando ele cravou um golazo de falta no ângulo de Vincent Enyeama no Beira-Rio.
De lá para cá, são seis jogos, três prorrogações e um tempo, o segundo contra os nigerianos. Somando tudo isso, Messi leva inacreditáveis 675 minutos sem gols em Copas, e ele vai precisar lidar com este retrospecto justamente em um momento dos mais agudos e de maior pressão na sua trajetória vestindo azul e branco.
Depois daquele encontro com os nigerianos no Mundial de quatro anos atrás, a Argentina contou com gols de Di María (contra a Suíça nas oitavas), Higuaín (ante a Bélgica nas quartas) e agora Agüero, no 1 a 1 com a Islândia na estreia. E nada de Messi, que entra nesta semana depois daquela que talvez seja a sua pior atuação pela seleção argentina com o sumiço em campo contra a Croácia, que arrasou a azul e branca com o seu ''futebol total'' e os 3 a 0 impostos em Nínji Novgorod.
Sampaoli mexeu pela 14ª vez em seus 14 jogos à frente da equipe. Não é exagero dizer que a Argentina que encara a Nigéria foi escalada por Javier Mascherano e será conduzida por ele em campo, com El Pelado Sampa como um mero adereço à beira dele. O 4-4-2 do Jefecito a princípio terá Armani; Mercado, Otamendi, Rojo e Tagliafico; Mascherano, Enzo Pérez, Banega e Di María; Messi e Higuaín.
Foi de Fernando Cavenaghi a melhor frase ouvida na Argentina a respeito das possibilidades da seleção contra a Nigéria:
''Temos 1% de chances. E deste 1%, 99% são de esperança''.