E ainda reclamavam do Romero?
Tales Torraga
A bola que cantamos desde o ano passado enfim entrou no gol – de Caballero.
Que vergonha. Una verguenza.
Maradona disse que Sampaoli não poderia voltar para a Argentina porque seria agredido. El Diez se antecipou ao papelão que vimos em campo. Vexame é pouco. O 3 a 0, afinal, já havia sido antecipado pelo 4 a 2 sofrido pela Nigéria e pelo 6 a 1 levado da Espanha nos amistosos.
Sampaoli está condenado a partir de agora a sofrer o pior dos tormentos por insistir com Willy Caballero, que já havia sofrido seis da Espanha, que quase não jogou durante o ano, que deu rebote para o meio da área contra a Islândia…
E com Armani, o goleiro pedido por 99% da torcida, no banco.
Claro que o erro crasso do goleiro é uma árvore re copada – mas não é o bosque.
Com ainda 25 minutos por jogar, as três substituições já haviam sido feitas – total sinal de loucura e desequilíbrio de um time que deu todas as mostras de que não merecia sequer a vaga na Copa, quanto mais o selo de candidato que alguns insistiram em colá-lo. O blog está no ar desde o começo de 2016 e o papelão já estava mais que destacado por nosotros há um bom tempo.
A capacidade da Argentina de se autodestruir é inigualável. É gol perdido em final (Higuaín), é técnico que não convoca craque cabeludo (Redondo), é outro (Bielsa) que não coloca Batistuta e Crespo juntos…
E a fila segue!
Pelo menos não vão falar só de Messi em toda a Argentina. Vão falar de Sampaoli e de Caballero. E Higuaín e Di María enfim vão ter com quem dividir o sofrimento dos inúmeros memes. Menos mal que os terapeutas brotam por esse país. O jogo contra a Nigéria agora é o de menos. Não há time, não há planejamento, não há confiança que resista a um golpe tão forte como este.
A Argentina era feliz com Chiquito Romero e não sabia.
A matemática diz que a Argentina ainda tem chances. O jogo, o ânimo, a desorientação do técnico e o momento de Messi dizem o contrário.
Siamo fuori. Ya tá. Con papelón.