‘Palmeiras tem que sofrer’, destaca capa do jornal ‘Olé’
Tales Torraga
Principal jornal esportivo da Argentina, o ''Olé'' tem uma capa das mais contundentes circulando por todo o país nesta terça-feira (24).
Para quem tem dúvidas, a tradução é esta mesmo: ''Palmeiras tem que sofrer''.
O ''Olé'' publica um suplemento especial sobre o Boca todas as terças. Nesta, o atacante Wanchope Ábila indica que vai ser ''um jogo duro e desgastante'', e que o ''Palmeiras tem que sofrer com o Boca atuando como mandante''.
Quem conhece o mínimo de futebol argentino sabe que esta é a senha para antecipar que o Boca vai ser…o Boca que age com a sua famosa rispidez em jogos de Libertadores na Bombonera. Ábila fez dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Newell's na própria Bombonera no último domingo (22), pelo Campeonato Argentino. Ele será titular amanhã. Por isso, a sua escolha para a capa do jornal.
O jogo contra o Palmeiras às 21h45 (de Brasília) desta quarta (25) é especial para o Boca por marcar exatos 500 dias seguidos com o time ocupando a liderança do Argentino, e isso é destacado no suplemento especial do Boca que integra o miolo do jornal (aparece à esquerda na capa com uma montagem de nota de 500 pesos).
Outra menção ao ''sofrimento palmeirense'' destacado na capa do ''Olé'' foi sobre a patada brutal de Felipe Melo no próprio Ábila na partida do Allianz Parque. O jornal argentino destaca também que este será o reencontro de Felipe Melo com outro jogador com quem trocou golpes, o ótimo volante uruguaio Nahitan Nández, que defendia o Peñarol na famosa briga de Montevidéu no ano passado.
Suspenso por três jogos pela própria confusão com Felipe Melo, Nández não pôde defender o Boca em São Paulo. Há grande apreensão pelo reencontro dos dois.
O clima armado pelos lados portenhos já é mais quente. Resta saber se o Palmeiras vai ter a frieza de evitar que ocorra uma nova briga mais séria. O árbitro vai ser o chileno Roberto Tobar, de 40 anos, que coleciona polêmicas – a mais lembrada no Brasil talvez seja a expulsão de Calleri, então no São Paulo, contra o The Strongest em 2016. Calleri apanhou, não reagiu e ainda levou o vermelho.