River conta com a chegada de Pratto até o dia 3
Tales Torraga
A chegada de Lucas Pratto ao River Plate é uma questão de dias. O blog apurou que a diretoria portenha trabalha para o atacante se juntar aos colegas em Buenos Aires já na reapresentação do clube, no próximo dia 3.
Recém-reeleita, a presidência do River quer satisfazer o técnico Marcelo Gallardo e vingar-se da duríssima eliminação para o Lanús na Libertadores. ''Vamos gastar muito e fazer o que for possível para agradar Marcelo'', afirmou o vice-presidente do clube, Jorge Brito. Estima-se em Núñez que cerca de US$ 20 milhões (R$ 66 milhões) serão desembolsados para trazer os reforços que quer o treinador.
Pratto é a prioridade absoluta – tanto que Gallardo fez questão de almoçar com ele há poucos dias, mas o River vai atrás também do atacante Silvio Romero (hoje no América-MEX), o meia-atacante Lucas Zelarayán (também do América-MEX) e o ótimo volante Damián Musto (ex-Central e hoje no Tijuana-MEX).
O jornal ''La Nación'' publicou nesta sexta (22) que só basta um detalhe para o River formalizar a proposta ao São Paulo. Decidir se oferece US$ 6 milhões (R$ 19,8 milhões) pela metade do passe ou US$ 10 milhões (R$ 33 milhões) pela totalidade. Há um ano, o São Paulo gastou 6,2 milhões de euros (cerca de R$ 23 milhões) por 50% dos diretos do jogador que então estava no Atlético-MG. O Tricolor, porém, se prepara para comprar mais 15% de Pratto e mantê-lo no próximo ano.
''Lucas sente muitas saudades da sua filha e sabe que, se joga na Argentina, tem mais chances de ir para a Copa'', afirmou seu representante, Gustavo Goñi, ao ''La Nación'', reforçando o que o blog cita há mais de um mês. ''Lucas sonha em ganhar a Libertadores. O River vai jogá-la. O São Paulo não'', concluiu Gustavo.
O ''La Nación'' inclusive reproduz um diálogo de Pratto com torcedores do River no último fim de semana. Ao escutar, no casamento de Buffarini, pedidos para se transferir para o clube, Pratto respondeu, de acordo com o jornal: ''Vou fazer todo o possível para vir''. História essencial que na Argentina jamais passa batido: Pratto, com 20 anos, teve uma passagem tímida pelo Boca. Sua chegada ao River é também uma maneira de golpear o rival, que não o valorizou e o deixou escapar. Repete, assim, o exemplo do zagueiro Maidana, hoje um dos caciques em Núñez.
O caso de Maidana é ainda mais particular.
Campeão da Libertadores 2007 pelo Boca, o zagueiro se juntou ao River em 2010 e caiu com o clube para a Série B. Cansou de rasgar a cara e a cabeça e virou um soldado vermelho e branco. Criou tamanha empatia com a torcida que fez questão de tatuar no braço os títulos conquistados pelo River na Série B e na Libertadores.
Vem aí um 2018 histórico para River e Boca. Que não termine em gás pimenta.