A Argentina não merece a Copa. A interessante análise do técnico do Huracán
Tales Torraga
Técnico na Argentina há 25 anos, Gustavo Alfaro, 55 (sim, ele começou aos 30), é voz respeitada no país ao analisar o futebol e todas as suas mazelas.
Ex-comandante de San Lorenzo e Rosário Central, Alfaro hoje dirige o Huracán, mas é pela eloquência das suas análises que seu nome é mais conhecido. Para sorte dos ouvintes da Rádio Caracol, da Colômbia, ele é comentarista da emissora desde 2006, e seu diagnóstico sobre a Argentina atual merece ser ouvido.
''Tivemos desatinos tremendos desde o ponto de vista da organização'', comentou Gustavo, falando que a classificação argentina ao Mundial da Rússia foi obtida – óbvio! – muito mais por casualidade que por mérito próprio.
''Desde o processo de Tata Martino, depois como terminou, os salários atrasados, os problemas de logística…Podem dizer que a AFA estava nas mãos de outras pessoas, mas as mesmas pessoas que estão hoje na AFA também estavam conduzindo naquele instante. O que fizeram na Olimpíada, a maneira como despediram Bauza…Se em outro dia Messi não estava em seu esplendor, não sei de que maneira a gente iria se disfarçar'', disparou.
''Tomara que essa Eliminatória marque um antes e depois. Com esse comando, também houve problemas para ir ao Mundial Sub-20. Há um nível de prioridades que precisa estar por cima da mesquinhez individual. Nunca vi os jogadores e os dirigentes assumindo as responsabilidades em seu momento. Há prioridades que precisam estar acima de tudo'', concluiu Alfaro.
E dá para discordar?