Obrigado por errar! Só a arbitragem brasileira salva a terrível Argentina
Tales Torraga
Atropelar o Uruguai foi tão fácil que o Brasil ''resolveu ajudar'' a Argentina.
Pois foi só assim, com uma grande mão do árbitro Sandro Meira Ricci, que a seleção conseguiu ganhar do Chile por 1×0 no puro sofrimento. Sem ideias, sem inspiração, sem nada. Um pênalti inexistente e nada mais. Um horror.
A ajuda foi tão clara que até o ''Olé'' reconheceu que Di María mergulhou no seu penal. Piletazo. Um Piscinão.
Obrigado por errar, brasileiro!, ainda tirou sarro. Não foi a única ajuda – houve também um gol legal do Chile anulado instantes antes. ''Ricci lembrou que está no Monumental'', repetiu mais de uma vez o narrador De Paoli no TyC Sports.
Quem não errou foi Messi, toneladas mais leve depois de converter o pênalti e apagar a bola nos céus que mandou nos Estados Unidos. O jogo foi um risco permanente para a Argentina durante todo o tempo. A equipe não teve notícias de Messi na segunda metade. Lio mandou um Twitter ou outro no primeiro e só.
Tudo curto, tudo sofrido, nada elaborado.
A torcida esfriou, não respondeu, o retorno da seleção à capital foi dos mais apagados possíveis. Nem parecia Argentina. Nem parecia Buenos Aires.
Na única mudança tática, Agüero saiu para a entrada de Banega, para segurar o resultado, ainda aos 12 minutos do segundo tempo. E o Chile deu um sufoco na Argentina a partir daí, para bom trabalho de Chiquito Romero que se salvou também graças à má pontaria dos atacantes da Roja.
A sensação que transbordou o Monumental nesta quinta foi a de que a Argentina deveria se inspirar de vez no exemplo do espetacular Brasil: colocar o melhor técnico à disposição é uma urgência. E Bauza, apesar da terceira colocação e de estar só atrás de Brasil e Uruguai, dá sinais de ideias escassas e de que o sufoco está longe acabar. Patón conquistou só 11 pontos em 21 possíveis. A terceira colocação está também no crédito do antecessor Martino.
A vitória de hoje, na de Sandro Meira Ricci, pero son cosas que pasan.