Patadas y Gambetas

Técnicos argentinos programam greve em plena abertura da Libertadores

Tales Torraga

Primeiro foram os jogadores. Agora são os técnicos que vão se reunir nesta terça (7) em Buenos Aires para decidir se também entram em greve pela falta de pagamento que ajoelha o futebol argentino em plena abertura da Libertadores.

Cerca de 60 treinadores de diferentes divisões vão conversar para decidir o que fazer neste momento tão delicado. A data foi escolhida com critério. Como a Argentina é a maior campeã da história da Libertadores, com 25 conquistas, os técnicos querem usar a semana da abertura a fase de grupos da competição para que suas queixas contra os dirigentes tenham um alcance ainda maior.

A data tem também uma outra função: ser uma pressão indireta para que os treinadores envolvidos na competição continental não larguem a causa nacional.

A medida não impacta em nada na programação das equipes argentinas que disputam a Copa, mas tais conversas entre todos (participantes da Libertadores ou não) certamente vão ser realizadas em Buenos Aires nas próximas semanas para planejar de que maneira os técnicos envolvidos na Libertadores podem usar a situação privilegiada em benefício da questão conjunta na Argentina.

Uma das queixas dos treinadores é a inoperância da ATFA (a Associação de Técnicos do Futebol Argentino), que cruzou os braços diante da crise.

Os argentinos olham para os seus técnicos como os melhores do mundo, e o desempenho de muitos deles na Europa é uma inegável prova de competência. Mas nem esta condição evita vexames como o fato de Tata Martino não ter recebido os salários de técnico da seleção por quatro meses no ano passado.

Os técnicos que estão à frente do movimento desta terça são Julio Falcioni, do Banfield (era do Boca que perdeu a Libertadores 2012 para o Corinthians), Caruso Lombardi (desempregado), Pedro Troglio (Tigre) e Gustavo Alfaro (Gimnasia).