Chilavert vai virar estátua no Vélez
Tales Torraga
José Luis Chilavert, maior jogador da história do Vélez Sarsfield, vai ganhar em breve uma estátua sua no clube. Já há uma movimentação no bairro de Liniers, em Buenos Aires, onde fica a sede da equipe, para estudar onde e como será a marcante homenagem ao goleiro paraguaio que ganhou o mundo pelo Vélez.
Chilavert, poucos lembram, passou pelo San Lorenzo no fim dos anos 80 antes de brilhar no Vélez. Sua ida ao River e ao Boca foi dada como certa por muitas vezes, mas seu temperamento explosivo impediu qualquer saída do ''maior clube de bairro do mundo'', como o Vélez gostou de ser tratado no meio da década de 90.
José Luis, claro, está bem nítido na memória dos torcedores do São Paulo pela sua atuação na final da Libertadores de 1994, conquistada pelo clube argentino em pleno Morumbi. Na ocasião, ele pegou o pênalti mal batido por Palhinha, e foi crucial para sua equipe ficar com aquela Copa ao também converter sua cobrança.
Quem falou sobre Chilavert ontem foi Carlos Bianchi, seu técnico de então. Em entrevista a uma rádio partidária do Vélez, o ex-treinador apoiou a ideia da estátua e disse que conviver com o goleiro era fácil por uma simples razão: ''Se todos iam embora às seis, ele ficava até sete e meia cobrando faltas. Se o jantar era às oito, às quinze para as oito ele já estava no refeitório. Jamais tivemos problemas''.
Chilavert está com 51 anos e é comentarista da Telefuturo, da TV paraguaia. Tem um discurso tão violento quanto seus antigos chutes, detonando sem piedade os ex-treinadores do Paraguai Ramón Díaz (''é um preguiçoso, parece técnico de escritório'') e Chiqui Arce (''apesar dele, a equipe está ganhando'').