Patadas y Gambetas

Adiós: Tevez e D’Alessandro se despedem hoje do superclássico

Tales Torraga

Buenos Aires já falta alto e pelos cotovelos no ''superdomingo'' do superclássico River Plate x Boca Juniors que vai explodir o Monumental às 18h.

Entre os inúmeros assuntos, um de interesse especial com dois famosos também no Brasil: Carlitos Tevez e Andrés D'Alessandro fazem hoje em Núñez o último superclássico de suas vidas (sem drama, sem Argentina, muchachos, somos así).

Pode parecer exagero, mas a despedida tem um muy triste tom de fim de uma era.

Tevez e D'Alessandro brilharam juntos na medalha de ouro conquistada em 2004 em Atenas, e são reconhecidos até pelas torcidas contrárias como jogadores desequilibrantes, capazes de proporcionar glórias nos quatro cantos do mundo.

O presente de ambos dá todos os sinais de que o futuro está longe da Argentina.

No caso de Tevez, a dúvida é se ele vai se aposentar – informação que o blog sustenta há quatro meses – ou se vai obedecer o que pede a família: jogar uma nova temporada no futebol chinês para ganhar até 60 milhões de euros.

Carlitos anda de mal com a vida desde que retornou à Argentina, há praticamente um ano e meio. É maldosamente chamado de ''velho ranzinza de 32 anos''. Reclama do Boca, do futebol, da histeria portenha e até dos próprios colegas. Ninguém aposta um peso furado que ele vai seguir de azul e ouro a partir do mês que vem.

D'Alessandro vive situação semelhante. Sua volta ao Internacional é dada como certa, até porque seu contrato com o Colorado vai até o fim de 2017. Ele será recebido no Monumental neste domingo com El Cabezón a mil: será exatamente no momento em que o Inter vai definir sua permanência ou não na Série A.

Em Porto Alegre ou na improvável continuidade em Buenos Aires, D'Alessandro sabe bem que o River 2017 já vem sendo preparado sem a sua presença. O técnico Marcelo Gallardo dá cada vez mais espaço ao juvenil canhoto Tomás Andrade, não à toa chamado em Núñez de D'Alessandrito.

Tem 20 anos e um futuro brilhante, el pibe Andrade.

El tiempo no para (Cazuza y Bersuit) – também para os craques.

Por isso, hoje, no Monumental, mais que um River x Boca de estádio lotado e da perna forte de sempre, a chance será também de fazer uma reverência a dois jogadores que brilharam como poucos no futebol argentino recentemente.

A dúvida? Quem sairá vitorioso deste réquiem futebolístico.

A certeza? A gratidão. Gracias totales por tanta magia, crás.