Patadas y Gambetas

Centurión é criticado por técnico pela briga e expulsão na Bombonera

Tales Torraga

O domingo picante na Bombonera pelo visto vai invadir a semana. Depois da briga com Téo Gutierrez que resultou em sua expulsão, o ex-são-paulino Centurión foi bastante criticado pelo técnico do Boca Juniors, Guillermo Barros Schelotto.


Schelotto sequer comentou as provocações de Téo.

Depois do gol, o colombiano fez gestos à torcida do Boca tapando o nariz e mostrando, com a mão, uma faixa diagonal no uniforme – ou seja, simulando a camisa do River Plate, clube do qual é torcedor e onde jogou até ano passado.

''Falhamos feio no episódio do Téo. Se ninguém reagisse, ficaríamos 11 contra 10, porque ele seria expulso com certeza. Faltou frieza. O jogo estava servido de bandeja para a gente no segundo tempo'', afirmou Schelotto, bastante irritado.

A comemoração enlouquecida de Téo foi ainda mais insólita se lembrarmos que:

1) Este foi o primeiro gol de Téo em toda sua carreira contra o Boca. O colombiano atua na Argentina desde 2011 (passou por Racing, Lanús e River antes de defender o Central), mas tem passagens por Colômbia, México e Portugal neste intervalo.

2) Téo vinha brigando com o técnico Chacho Coudet para ser titular como foi neste domingo em La Boca, e há muitos em Rosário que defendem até a sua expulsão do time depois do que ocorreu. Golaço e confusão. Mais Téo, impossível.


O gesto de tapar o nariz na Bombonera já tem seus 40 anos.

Foi adotado pelo técnico Ángel Labruna, do River, na década de 70, e imitado depois por Ramón Díaz, Fernando Cavenaghi e Marcelo Gallardo. Remete ao mau cheiro em La Boca, algo que historiadores divergem sobre as causas, se as enchentes que entupiam os esgotos ou a fábrica de adubo que antes tinha ali.