Novo Maradona? Quem é Ezequiel Lavezzi, o argentino ‘vida louca’ do momento
Tales Torraga
Conhecido apenas entre os fanáticos por futebol, o argentino Ezequiel Lavezzi ganhou fama mundial nesta semana e com um tema pouco a ver com o esporte.
Ele esteve no centro do escândalo detonado pela notícia de que teria fumado maconha na concentração da seleção argentina que enfrentou a Colômbia.
Chamado de Pocho – apelido que significa 'estragado, bagunceiro' – na Argentina, Lavezzi é, para muitos no país, a versão 2016 de Diego Armando Maradona (no que diz respeito obviamente aos escândalos, e não ao seu parco futebol).
Além da história da maconha – que não seria a primeira vez, conforme noticiou o radialista Gabriel Anello, responsável por divulgar a informação -, Lavezzi se caracteriza pela frenética vida extra-campo – igualzinho ao que fazia Maradona.
El Pocho coleciona escândalos. O mais comum, o vazamento de fotos íntimas que ajudaram a nutrir o verdadeiro fetiche que as argentinas têm por ele.
Lavezzi é casado com a argentina Yanina Screpante, modelo e designer. Estão juntos há cinco anos, embora o atacante siga na mira da imprensa e de famosas que anunciam romances com ele, como na última Copa do Mundo.
Outro déjà-vu maradoniano: há dois meses, Lavezzi quase bateu e atropelou a imprensa argentina em casamento de amigos realizado em Buenos Aires.
Lavezzi está com 31 anos e joga fora da Argentina desde 2007.
Foi revelado pelo Estudiantes de La Plata em 2003, e do ano seguinte até sua saída à Europa jogou no San Lorenzo. Com o Ciclón, ganhou o Clausura de 2007.
No Velho Continente, defendeu com pouco brilho o Napoli (2007-2012) e o Paris Saint-Germain (2012-2016). Desde a metade do ano está contratado pelo Hebei Fortune, da China, mas ainda não estreou pela equipe. Lavezzi se recupera da contusão que quebrou seu cotovelo na Copa América com a seleção argentina.
Seleção que, aliás, conta com larga lista de peraltices suas.
A mais conhecida foi jogar água na cara do técnico Alejandro Sabella em plena partida de Copa do Mundo contra a Nigéria. ''Foi um gesto de carinho'', se defendeu El Pocho, que seguiu no grupo mesmo depois do histórico ato de indisciplina.
Outra crítica argentina ao seu comportamento é tratá-lo como jogador de ''perfil muito alto''. Sempre bem ativo nas redes sociais, Lavezzi é o que o país chama de mero personagem de ''poses e posses'', alguém que capricha na embalagem porque sabe que tem o conteúdo vazio. Não é impressão: são sim bem ácidos.
No caso do futebol com a Seleção, com uma dose de verdade.
Lavezzi tem apenas nove gols em 51 jogos con la camiseta argentina. Mas compensa sua falta de desempenho sendo galã, estrelando campanhas de moda e comemorando gols arrancando toda a roupa.
Isso Maradona não fazia. Mas se jogasse hoje, bem provável que faria sim.
Revólver e ameaças – Para apimentar ainda mais a semana do escândalo da maconha, outro integrante da família Lavezzi esteve em evidência na Argentina ontem (17): seu irmão, Diego, presidente de um clube de uma divisão menor.
Pois bem.
Assim vai a Argentina, muchachos.