Riquelme não esquece o Corinthians
Tales Torraga
Maior ídolo da história do Boca, Juan Román Riquelme, 38, voltou anteontem à Bombonera para uma longa e excelente entrevista à TV TyC Sports.
E citou o Corinthians em duas ocasiões. Uma alegre, outra triste.
Primeiro, a sua alegre: ter feito um dos maiores golaços da história do Pacaembu, a inesquecível cobertura em Cássio na Libertadores-2013.
Riquelme colocou este gol entre os mais lindos da carreira.
E diz que ri com ele até hoje.
''Dizem que foi lindo, difícil e que eu cruzei bem forte. Dou risada'', afirmou. ''Escuto me falarem 'você cruzou', e respondo: 'tá bom, cruzei', se é o quer ouvir.''
Outro golaço? ''O da final contra o Grêmio.''
A segunda remissão ao Corinthians foi a final de 2012 que ''o aposentou''.
Riquelme esclareceu que sua saída do Boca só foi avisada ao time e ao técnico [Julio César Falcioni] depois da final – e não antes, razão que a Argentina até hoje coloca como a causa de o Boca jogar tão mal aquela decisão.
''Eu comuniquei ao grupo só depois do jogo. Só meu irmão e o presidente sabiam. Nem o técnico sabia. Só souberam depois da premiação. Não prejudiquei em nada. O Corinthians nos ganhou. O que vamos fazer? Às vezes se ganha, às vezes se perde. Sou um afortunado. Joguei quatro finais de Libertadores e ganhei três.''
Román voltou atrás e ao Boca sete meses depois de perder para o Corinthians. Reeditou então sua histórica dupla com Carlos Bianchi, a quem tem como pai.
Riquelme se prepara para sua partida de despedida na Bombonera, entre dezembro e junho – certamente um dos dias mais passionais da história do esporte argentino.