Agüero e Di María balançam na Argentina de Bauza
Tales Torraga
Sem Messi, a Argentina derrama sua exigência em cima de Agüero e Di María. Ambos brilham na Europa e se encolhem na Seleção. Difícil de aceitar.
Há jornal que crava em Buenos Aires que ambos seguem intocáveis – apesar de pobres – porque são amigos de Messi. Foi o que saiu sábado no ''Perfil''.
Que a camaradagem se instale em uma seleção que tem um técnico canchero como Patón Bauza está mais para realismo mágico que para…realidade.
Mas outra realidade inconveniente é que seus times costumam ser equilibrados e sem o funcionamento estéril e confuso como o que apresentou contra o Peru.
Uma seleção bipolar que sem Messi não ataca e não defende.
Não ataca porque dos 9 jogos das Eliminatórias, marcou só 11 gols.
E 5 contra a pobre Bolívia. É muito pouco para a ''maior geração de atacantes do maravilhoso futebol argentino, disparada a melhor do mundo no momento''.
Não defende porque levou, já com Bauza, 4 gols – 2 cada – de Peru e Venezuela, duas das três seleções mais fracas do continente.
Tanto ataque quanto defesa estarão de novo remendados nesta noite.
Na defesa – sem Zabaleta, Otamendi e Funes Mori, suspensos – entram Mercado, Demichelis e Musacchio. Demichelis (35 anos!) sequer atuou nesta temporada.
Musacchio jamais jogou oficialmente pela Seleção.
Re complicado.
A dúvida no ataque é justamente entre Agüero ou Dybala. A eles vão se juntar os de (quase) sempre na ausência de Messi: Gaitán, Di María e Pipita Higuaín como 9.Agüero vem sendo detonado em Buenos Aires. Contou que é chamado de amargo até pelas crianças. Deu suas primeiras entrevistas em anos e se complicou mais.
Está recebendo inúmeros palos por dizer que ''vão sentir nossa falta na Seleção''.
Justo vocês, os das três finais perdidas, duas com o Chile?
Para estancar as dificuldades, gols. Muchos goles. A Argentina precisa deles hoje mais que nunca nos últimos tempos. 20h30, Córdoba, ante o Paraguai de Arce.
Partidazo, eh.
Agüero e Di María, ojo. A jugar, hermanos.