Gareca luta para evitar primeira demissão pós-Palmeiras
Tales Torraga
Ricardo Gareca segue com excelente reputação na Argentina – especialmente entre os torcedores do Vélez que o apontavam como sucessor de Carlos Bianchi.
E é bom o treinador irrigar tais relações em seu país. Só algo mesmo muito improvável vai segurá-lo como treinador da seleção do Peru depois de enfrentar, nesta série de Eliminatórias, simplesmente Argentina (quinta) e Chile (terça, fora).
O Peru de Gareca está em penúltimo na classificação. Com sete pontos em oito jogos, só supera a Venezuela. Um olhar mais amplo sobre seus resultados: em 18 jogos desde 2015, venceu sete e perdeu igual quantidade, empatando quatro vezes.
Publicamente ameaçado no cargo, El Flaco, como Gareca é chamado devido à magreza, tentará sobrevida justamente diante de um grande amigo. Gareca e Patón Bauza jogaram juntos na seleção argentina nos anos 80 e se enfrentaram como técnicos dez vezes. Está 4×3 Gareca, com 3 empates de suas equipes.
Foi acompanhando o desempenho do amigo no São Paulo – e de seu atleta Cueva – que seguiu a arrancada do seu ex-Palmeiras, muy probable campeão brasileiro.
Envolvido com o dia-a-dia peruano, Gareca, evidente, não tem disponibilidade ou razão para seguir o que se passa com seus ex-clubes. No caso do Palmeiras há inclusive a tentativa de não reviver duros momentos. A amigos, Gareca diz ter sofrido no Palmeiras com ''o pior trabalho da minha vida, fracassei, reconheço, o choque cultural e a necessidade de resultados rápidos fizeram tudo ser péssimo''.
Foram só 13 jogos antes da repentina demissão.
A demissão que quer evitar reviver agora.
Não foram 13 jogos. Já vão 18.
Vai doer, claro, sempre dói. Mas Buenos Aires sempre estará ali cerquita.