Patadas y Gambetas

Paixão de Guardiola pela Argentina vira livro

Tales Torraga

Apaixonado pela Argentina. A conexão do técnico Pep Guardiola com o país virou o livro Che Pep. Escrito por Vicente Muglia, jornalista do ''Olé'', a obra custa R$ 63 e tem 298 páginas. Chegou esta semana às livrarias portenhas e está à venda aqui.

Os dois traços argentinos que cativaram Guardiola ainda jovem: 1) caráter; 2) paixão por futebol. O livro narra vários encontros seus com mentes preparadíssimas como Jorge Valdano, Gabriel Batistuta e o técnico de vôlei Julio Velasco –  só três nomes.

É interessante também a descrição das viagens que Guardiola fez ao Qatar (para encontrar Caniggia) e, principalmente, para a Argentina para falar com seus dois ídolos, César Menotti e Marcelo Bielsa – ele e o Loco passaram dias numa fazenda.

Guardiola reforça sempre que Bielsa foi o melhor treinador que conheceu. E que a Argentina de 2002 é uma das suas referências de bom jogo, apesar do desastroso resultado. A Argentina caiu fora daquela Copa logo na primeira fase. Venceu a Nigéria (1×0), perdeu para a Inglaterra (0x1) e empatou (1×1) com a Suécia.


A obra traz também diversas análises de técnicos argentinos sobre o trabalho de Guardiola. Dois dos nove treinadores que opinam são Tata Martino e Gabriel Milito.

Futebol à parte, o trecho mais interessante do livro trata da paixão de Guardiola pela literatura argentina – é fanático por Operação Massacre, de Rodolfo Walsh – e como Pep, pessoalmente, ajudou na investigação do acidente de trânsito que matou o jornalista argentino Jorge Topo López durante a Copa do Mundo do Brasil.

Nesta semana, Mano Menezes defendeu – quase implorou por – uma análise mais profunda sobre os técnicos no Brasil. Tal análise inclui saber bem o que coloca a Argentina sozinha, líder, debochando, no topo do Primeiro Mundo do saber.

Superando até a Europa. Fijate: Argentina >> Europa.

Óbvio. O orgulho brasileiro precisa permitir.