Argentino que brilha pelo Cruzeiro sonha com o Boca: “Tevez é meu amigo”
Tales Torraga
Quatro gols nos quatro últimos jogos. Os números são dignos de 'Besta', um dos seus apelidos em Buenos Aires. Vivendo um início de sonho no Cruzeiro, o argentino Ramón Ábila sonha mesmo é em jogar no Boca com o amigo Tevez.
À rádio Güemes, Ábila falou ontem (23) que ''espera pela oportunidade um dia'', lembrando que sua contratação esteve muy, pero muy cerca. Carlitos quase implorou por sua transferência (''Ele põe a bunda na área e ninguém o tira de lá''), mas o Boca Juniors não pagou os 8 milhões de dólares pedidos pelo Huracán.
(Mas gastou com atacantes como Benedetto e Walter Bou, vai entender.)
Ábila elogiou o futebol brasileiro, ''muito ofensivo'', e desejou sorte ao ex-clube, ''tomara que o Huracán encontre um atacante que faça mais gols que eu''.
No caso do clube de Parque Patrícios, mera chicana.
O hoje cruzeirense é tido por imprensa e público na Argentina como um atacante do quilate de Gabriel Batistuta. A comparação não é de hoje. Ábila está com 26 anos e seus arranques e suas cabeçadas foram vistas como cópias das suas pelo próprio Batigol no começo da temporada. Ábila pode ser menos técnico, mas leva vantagem na força: 88 quilos em 1,80 metro. El Bati jogava com 73 quilos em 1,85 metro.
Apostam em Buenos Aires que sua ida à Seleção é questão de poucos jogos. A capital vê Ábila como um atacante muito, mas muito superior mesmo a Lucas Pratto, o atleticano escolhido por Patón Bauza em sua primeira convocação.
No Huracán, Ábila era chamado de Wanchope por ser parecido (nem tanto, é verdade) com Paulo Wanchope, costarriquenho que jogou no Central em 2006.
No Cruzeiro, o apelido foi abandonado. As confusões, a princípio, também. Mais jovem, quase saiu na mão com a torcida na rua. Só a raça absurda continua.
É delantero com (grande) futuro europeu. A não ser, claro, que resolva se dar o gosto de sentir a Bombonera lotada defendendo as mesmas cores do amigo. Bom apressar. Tevez está com 32 anos e dificilmente vai seguir no Boca depois de 2017.