Patadas y Gambetas

D’Alessandro busca sua noite feliz no River: a Recopa no Monumental lotado

Tales Torraga

Buenos Aires nesta quinta (25) não viverá uma simples noite mais.

Noite especial, chicos. Noche de Copa.

De festa e loucura na zona norte da capital.

O River Plate tentará confirmar seu favoritismo às 21h15 para conquistar, no Monumental lotado e já trajado de gala, a Recopa Sul-Americana contra o Independiente Santa Fe, da Colômbia. Na ida, semana passada em Bogotá, 0x0.

Não há o critério do gol visitante. Novo empate = prorrogação e pênaltis.

A comoção portenha estará toda com El Mandrake Andrés D'Alessandro, 35 años.

Tentará seu primeiro título internacional no clube onde nasceu, e é desnecessário dizer como isso toca qualquer argentino. Não toca – perfura e atravessa a alma.

Não importa se é a Recopa e se o troféu é erguido com dois jogos.

Não importa que esta Recopa disputada no fim de agosto é um triste despropósito porque a Libertadores já tem outro campeão.

Es una Copa, che. Por la Copa dejamos la vida.


D'Alessandro estreou no River para valer em 2001, quase ao mesmo tempo que Tevez no Boca. Era considerado na Argentina como jogador superior ao Apache. Mas sua carreira ficou bem aquém. Do adversário e das expectativas dos fanáticos.

A torcida do River joga na cara dos bosteros que D'Alessandro no Brasil foi mais que Tevez, o que é difícil contestar. A grave crise do Inter enquanto o Cabezón está perto de triunfar en su Buenos Aires querido mostra bem o que fez em Porto Alegre.

A ver se hoje ele se dá o gosto de brilhar em um estádio brilhante, um dos templos do futebol mundial, o pedaço de Europa da Argentina, o Bernabéu das Américas, como faz questão de lembrar a orgulhosa torcida do River – que, reforçam, é um clube mundial na zona mais culta da muy culta Buenos Aires, solamente eso.

A torcida preparou uma festa imensa, e o estádio deve estar superlotado com 70.000 pessoas. É o costume nas decisões em Núñez. O River abriu o estádio nesta semana para sócios e torcedores carregados de jornal e papel picado. Até mandaram imprimir um manual de instruções de como torcer nesta noche de Copa.

(Apenas terminando D'Alessandro, vale lembrar que ele ganhou três Argentinos pelo River, 2000, 2002 e 2003, e conquistou a Recopa pelo Internacional em 2011.)

Outro grande personagem desta eventual conquista é o técnico El Muñeco Gallardo.

Seu troféu seria o quinto internacional desde que assumiu o gigante de Núñez. Antes dele, cinco. Com ele, e com hoje, outros cinco. Un monstruo, Marcelito.

A Recopa Sul-Americana desta quinta ficaria ao lado das conquistas da Copa Sul-Americana (de 2014) e de seu 2015 fabuloso de Libertadores da América, a Suruga Bank no Japão e a Recopa Sul-Americana contra o San Lorenzo de Patón Bauza.Os 11 do River no Monumental: Batalla; Moreira, Maidana, Mina, Casco; Ponzio, Nacho Fernández; D'Alessandro, Pity Martínez (Tomás Andrade); Driussi e Alario. Os recém-contratados Lollo (zagueiro do Racing) e Larrondo (atacante do Central) estarão no banco de reservas.