Patadas y Gambetas

Futebol ou faroeste? Argentina condena Chacho e fim escandaloso em Medellín

Tales Torraga

Parecia um final típico da Libertadores dos anos 60 e 70, quando a televisão ainda não havia penetrado no mundo e aconteciam coisas incríveis nos estádios daqui.

O final foi diretamente bagunçado, com comemorações desmedidas e antidesportivas, reações na porrada e gente estranha dentro do campo de jogo.

Foi desta maneira que o portal Rosário 3, o maior da cidade, amanheceu contando o inacreditável 3×1 do Nacional da Colômbia contra o Central. O terceiro gol do time da casa saiu aos 49 minutos do segundo tempo e desencadeou batalha campal.

Autor do gol berrado na cara do goleiro Sosa, Berrío falou: ''Não foi a melhor forma de extravasar, me equivoquei, mas é feio quando se metem com sua cor de pele''.


É preciso saber perder. E também ganhar, a ideia geral da ácida imprensa de Buenos Aires. Muitas críticas à defesa exagerada do Central: ''Só atacou na briga''.


O técnico Chacho Coudet justificou sua enésima calentura no fim.

Suas derrotas importantes são sempre acompanhadas de brigas entre os jogadores e com o próprio Coudet no meio, como na Colômbia, quando seguiu o volante Mejia chamando-o de ''cagão'' e querendo bater nele – que, esperto, reagiu com calma.


''O que acontece é que a gente não gosta que nos caguem e nos falem demais. A gente é mau perdedor? Ou é casualidade que seja a segunda vez que haja problemas neste estádio?'', respondeu Coudet aos jornalistas colombianos lembrando o final confuso também das oitavas do Nacional contra o Huracán.


''Não sei se é fim de ciclo, mas seguramente é difícil continuar depois disso'', falou o técnico, tentando desviar a atenção de seu destempero. ''Fica a dúvida de um montão de coisas, porém já passou, não podemos fazer nada'', seguiu.


Muito esforço e nada de futebol, resumiu o ''Olé'', questionando se o Central realmente poderia ser considerado o melhor argentino como dito na Libertadores.


O ''Clarín'' seguiu linha semelhante. ''Só não dá para dizer que o Central ficou de mãos vazias porque as mãos no final estavam dando golpes em nova noite triste''.