Patadas y Gambetas

Patón Bauza: “Pediria demissão se fizesse a final contra o Rosario Central”

Tales Torraga

A dramática eliminação do Rosario Central encheu de amargura Edgardo 'Patón' Bauza, técnico do São Paulo e até hoje um dos maiores ídolos da história rosarina.

''Se nos toca jogar a final contra o Central, me mato. Peço demissão antes e vou à tribuna'', disse, com tímida risada, à rádio Cadena 3, de Córdoba, na tarde de ontem.

''Falávamos no nosso corpo técnico: tudo bem, que amargura Central fora, mas imaginem se fazemos a final. Nem pensamos nisso. Se eu pensar, não durmo.''

Bauza com Palma, Poy e Kempes na El Gráfico dos maiores canallas

São Paulo e Central fariam decisão se superassem semifinais que, com avanço canalla, ficariam: São Paulo x Independiente ou Pumas e Central x Boca.

Bauza acompanhou a eliminação do Central com os seus auxiliares: ''Foi terrível. Foi um lamentável final, com os mesmos incidentes que haviam ocorrido contra o Huracán. O Central estava para passar. Perdeu um gol. E no final ficou sem nada''.

Em outra entrevista,  ao jornal ''Olé'', Bauza diz esperar por punições ao Atlético Nacional pela batalha campal e campo invadido: ''No San Lorenzo nos tiraram o estádio por sinalizadores. Não sei o que vai passar agora com o Nacional''.

Ao ''Olé'', diz torcer por final com o Boca: ''São Paulo e Boca têm histórias pesadas''.

Patón falou à Cadena 3 também sobre Dênis: ''Sempre converso com ele. Também nos salvou. Seus descuidos são situações de momento''.

Calleri: ''É um tipo muito especial, com uma cabeça enorme. O que ele oferece à equipe é impressionante, não são só os gols. Seus marcadores sofrem o jogo todo''.

Ganso: ''Trato de colocar entusiasmo e comprometê-lo. Nas nossas medições vemos que ele é dos cinco que mais correm. Quero sua participação mais ativa''.

A dificuldade dos treinadores estrangeiros no Brasil: ''O problema é a adaptação aos torneios. Se joga a cada três dias, são 80 partidas por ano, ninguém aguenta''.

Seleção Brasileira: ''A Copa América vai ser determinante para o Dunga. Esta Seleção não tem os jogadores históricos que se sobressaíam. É uma equipe que segue muito perigosa. Num encontro recente falei com Dunga. E ele me contou de problemas em reunir os melhores jogadores. Se junta, consegue boa equipe''.

O áudio completo de Bauza na Cadena 3 está aqui (alto-falante abaixo da foto).