Patadas y Gambetas

Barcelona x Real Madrid: Messi reencontra hoje seu antecessor Di Stéfano

Tales Torraga

Dois argentinos. Um de Rosário. Outro, de Barracas.

Um, maior jogador da história do Barcelona. Outro, o principal astro do Real Madrid.

Cinco Bolas de Ouro, Messi entra no Camp Nou às 15h30 para defender o Barcelona contra o Real Madrid de Di Stéfano, cinco Ligas dos Campeões.

Pode chegar até ao gol 500 da carreira. Falta só um.

Citamos cinco semelhanças das trajetórias dos dois imensos gênios argentinos:

PALMEIRAS


Messi em 2012 ganhou de Barcos uma camisa do Palmeiras. Não a vestiu – pegaria mal com patrocinadores. Di Stéfano sim suou o manto verde. Em 1948, Pacaembu, o combinado Boca-River pediu o uniforme emprestado. Eis Di Stéfano palestrino.


                                                                SANTOS


Messi e Di Stéfano cruzaram suas fantásticas carreiras com o fantástico Santos. Messi brilhou no 4×0 da final do Mundial 2011. Di Stéfano integrou o Real 5×3 Santos em homenagem ao jogador Miguel Muñoz na Madri de 17 de junho de 1959.


Di Stéfano, 32 anos; Pelé, 18. Duas semanas depois de o Real Madrid conquistar seu quarto título europeu seguido. O amistoso foi o 14º jogo do Santos na turnê pela Europa. Jogava com menos de dois dias de intervalo entre partida e outra.

ATAQUES

Messi integra hoje o histórico MSN ao lado de Suárez e Neymar. Di Stéfano fez parte da segunda versão de La Maquina, a grande delantera do River Plate. Nesta pose de 1947, Reyes, El Charro Moreno, Di Stéfano, Ángel Labruna e Félix Loustau.

ARGENTINA


Gigantes em clubes, nem tanto na Seleção. Di Stéfano disputou só 6 jogos entre 1947 e 1948 com a azul e branca. Jamais jogou Copa do Mundo. Messi jogou Copa e fez final. Está a 6 gols de ser o maior artilheiro da Argentina. Mas lhe falta taças.

MARADONA

El Diegote foi o técnico de Messi na Copa de 2010. E esteve bem próximo de ser treinado por Di Stéfano no River de 1981. Don Alfredo é o único técnico campeão por Boca (69) e River (81). Esteve sempre longe da Seleção na Era Maradona.

Di Stéfano (morto em 2014), Messi e Maradona sorriem em 2009 na reunião dos três grandes expoentes desta pobre, talentosa e apaixonante Argentina. Há craques e bom futebol? Há Argentina. Desde sempre. Até (e principalmente) hoje.