Boca troca goleiro na semana da decisão
Tales Torraga
Técnico do Boca Juniors, Guillermo Barros Schelotto ainda despista e é bem provável que ele só anuncie a sua escalação instantes antes das 18h (de Brasília) de sábado (24), quando River e Boca se enfrentam pelo segundo jogo da decisão da Libertadores da América. O confronto é tratado pela imprensa argentina já nesta abertura de semana como o ''jogo mais importante da história''.
Mas a dimensão épica que adorna a decisão não vai fazer o treinador duvidar em mexer simplesmente no posto de goleiro. Vai sair Agustín Rossi, o melhor em campo na Bombonera na primeira final, para a entrada de Esteban Andrada, que não joga desde que foi acertado por Dedé ainda nas quartas da Libertadores.
O período de inatividade de Andrada foi de exatos dois meses e meio. Ele foi escalado e jogou de maneira absolutamente tranquila na vitória do Boca por 1 a 0 sobre o Patronato no último sábado (17) na própria Bombonera, pelo Argentino.
Embora tenha feito realmente uma ótima partida no 2 a 2 contra o River, Rossi também cometeu erros crassos ao longo da temporada – basta lembrar a sua pífia atuação contra o Palmeiras na fase de grupos. Andrada chegou com o status e o salário de um titular, e Schelotto agora não vai titubear em devolvê-lo ao posto perdido por uma lesão na mandíbula.
Andrada tem 27 anos e 1,91 metro. Os jornalistas que cobrem o Boca não se assustam com a sua entrada. Consideram que seria o mesmo que o River contar com uma boa partida de Lux, o goleiro reserva, e deixar de ceder o posto a Franco Armani em caso de uma eventual lesão.
O Boca tem oito garantidos na finalíssima: os zagueiros Izquierdoz e Magallán, o lateral-esquerdo Olaza, os volantes Nández, Barrios e Pablo Pérez e os atacantes Villa e Ábila.
Além da entrada de Andrada no gol, Schelotto precisa decidir a lateral-direita, e a dúvida no posto é a entrada de Buffarini ou a manutenção de Jara, de pálida participação na primeira final.
Na última definição – quem será o substituto do lesionado Pavón -, as opções são Zárate, Benedetto e Tevez. O Apache hoje tem vantagem, embora seja certo que ele não tenha condições físicas de render bem por mais de 60 minutos. Resta saber se sua contribuição será dada como titular ou entrando ao longo da final que pode chegar ao dobro disso (os 90 minutos regulamentares e os 30 da prorrogação em caso de novo empate).