6 motivos para não perder o histórico River x Independiente de hoje
Tales Torraga
O blog está a poucos quilômetros do Monumental de Núñez e pode testemunhar: o River Plate x Independiente a partir das 19h30 (de Brasília) desta terça-feira (2) tem mesmo todos os picantes para ser histórico. Mais do que um lugar entre os quatro melhores da América, estará em jogo uma intricada sequência de recordes e idolatrias. A ida, em Avellaneda, no dia 19, terminou 0 a 0.
A terça terá una noche de copas bien argentina, e quem que acompanhar pela TV ou pela internet vai poder conferir seis aspectos especiais:
1) Monumental. Há uma loucura das mais desmedidas aqui na zona de Núñez, lembrando bastante os 8 a 0 no Wilstermann no ano passado. Os torcedores do River passaram a última semana arquitetando em detalhes a entrada do time em campo e as maneiras de trajar a caráter o estádio para esta noite especial.
Os ingressos voaram em um par de horas. O público oficial será de 66.000 pessoas, mas que ninguém se espante se o ''Carnaval de Núñez'', como dito por esses lados, mostrar quase 80.000 fanáticos espremidos para provar que o estádio, com pista de atletismo que seja, é sim um dos mais quentes da Argentina, comparável à Bombonera.
2) Invencibilidade. O River está há nada menos que 30 jogos sem perder. Com mais um confronto, iguala as duas maiores séries invictas da história do clube – uma delas, a que Gallardo herdou de Ramón Díaz e esticou logo em seus primeiros meses de clube, no já distante 2014. Sim, ninguém leu errado: o Muñeco está há mais de quatro anos no comando da sua equipe.
3) O inferno dos Diabos. O Independiente chega a esta noite consideravelmente golpeado. Foi eliminado da Copa Argentina e está só em 14º no Campeonato Argentino. O River briga pelo título em ambas as frentes. O Rojo, como é chamado o Independiente, ganhou a Libertadores pela última vez em 1984 e quer provar que realmente ressurgiu depois da Sul-Americana do ano passado.
4) Técnicos. Gallardo é mesmo o fenômeno que os argentinos pintam. Passa segurança no que fala e faz, e até os mais velhos o colocam acima de Labruna e Ramón Díaz no rol dos maiores técnicos do clube em todos os tempos. Este poço de inteligência e frieza estará diante de um dos maiores adversários contemporâneos, pois Ariel Holan, do Independiente, está invicto diante do seu competente rival. Tem tudo para ser um Karpov x Kasparov em plena Núñez. Gallardo armou melhor o time na ida, mas Holan equilibrou no intervalo. O 0 a 0 acabou sendo justo, em que pese as bolas na trave acertadas pelo ataque do Rojo.
5) Armani x retranca. O goleiro do River tem sido justamente comparado a Pato Fillol, e ele é mesmo um dos grandes responsáveis pela invencibilidade da equipe. Difícil encontrar uma fraqueza mediante tantas virtudes suas.
Já a retranca do Independiente deve trancar sua defesa com cinco homens no fundo para segurar as estocadas do River. Duelos agudos em todas as linhas.
6) Pity x Meza. Pity Martínez é dúvida para sair jogando, em virtude de um problema muscular, mas sua entrada se justifica com seu futebol de verdadeiro camisa 10 do River – a torcida já até criou um cântico em homenagem às suas ótimas partidas contra o Boca. As rádios repetem que desde a aposentadoria de Riquelme, nenhum outro 10 argentino mostrou futebol tan exuberante.
Já Meza, do Indepediente, é o jogador todo-terreno que faz tudo – e bem. Deixa de brilhar, mas jamais de surpreender pela capacidade de marcar e atacar e ainda por cima levar perigo ao gol adversário. É, sem dúvida, um dos jogadores mais completos da Argentina hoje em dia.