Boca fará proposta ao São Paulo para contratar Centurión em definitivo
Tales Torraga
O jogador já deu o sinal verde, e o técnico Guillermo Barros Schelotto também. Só mesmo uma surpresa vai impedir o meia-atacante Ricardo Centurión, atual camisa 10 do Boca Juniors, de não seguir no clube portenho depois de junho.
Centurión, 24, está em Buenos Aires porque o Boca negociou um empréstimo com o São Paulo. O blog apurou que os dirigentes xeneizes já preparam uma proposta ao Tricolor para contratá-lo em definitivo, e o valor seria de US$ 4 milhões (R$ 12,53 milhões) – cuatro palos verdes, como dizem os argentinos.
Tal negócio é essencial ao Boca neste momento pós-Tevez porque a equipe não tem ídolos e precisa encontrar respostas em seu próprio elenco. Falta de dinheiro não é exatamente um problema para o clube – gastá-lo com coerência sim. A torcida está re caliente com a diretoria por despejar R$ 10 milhões no meia Zuqui e R$ 16 milhões no atacante Benedetto, jogadores que acabaram de completar seis meses de Boca sem dizer muito bem o que estão fazendo em Buenos Aires.
O Boca, porém, vai precisar enfrentar a desconfiança brasileira. Em julho de 2015, o Corinthians acionou o clube portenho na Fifa por um calote de R$ 6 milhões, valor referente à venda do uruguaio Lodeiro.
Centurión chegou ao São Paulo em janeiro de 2015, e sua contratação gerou ao Tricolor uma dívida superior a R$ 20 milhões.
Cifrões à parte, Ricky, como o jogador é chamado em Buenos Aires, dá um definitivo sinal de que a Argentina é mesmo o seu lugar no mundo. Ele estreou como profissional em 2012, e nessas sete temporadas viu naufragar suas três experiências no exterior. Não deixou saudades no Genoa e no São Paulo, e uma das negociações, para o Anzhi, da Rússia, sequer chegou a se concretizar.
O positivo momento de Centurión no Boca é perceptível também no triste cântico preconceituoso que as torcidas rivais, já incomodadas com seu eficiente futebol, destinam a ele. A única frase publicável é ''De que favela este maluco veio?''.
Não dá para ter tudo na Argentina, Ricky. Cálmate.