Patadas y Gambetas

De Felippe: de combatente da Guerra das Malvinas a técnico do Independiente
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Tales Torraga

O argentino Omar De Felippe completa 54 anos hoje, 3 de abril.

Mas ainda sente na pele os gritos e os ruídos da Guerra das Malvinas na qual foi combatente. Tinha só 20. ''Estava sentando, rezando para não cair uma bomba'', relembra. ''Você vê alguém morrendo e é como se não acontecesse nada.''

Omar De Felippe à esquerda na foto

Era 7 de abril de 1982. De Felippe jogava nas inferiores do Huracán quando foi chamado pelo Exército. Poucos dias depois, desembarcou em Isla Soledad e caminhou 13 quilômetros sinuosos e frios para chegar a Puerto Argentino.

Não se feriu grave nos dois meses em que lá esteve. Escapou de morrer. Seu capitão o mandou deixar posição segundos antes de ali cair uma bomba.

Mais memórias: ''Quando a guerra acabou, caminhamos uns oito quilômetros de caos. Seguiam disparando. Houve feridos e mortos''.

''Falar das Malvinas me custou quase sete anos. Não tinha claro o que contar.''

''Devo homenagear os companheiros que voltaram e os que ficaram lá. É importante que não se esqueça. E que as novas gerações saibam.''

''Sempre digo que além da família o futebol me salvou a vida. A cada dia depois de voltar, era a minha motivação para seguir.''

No Emelec. Abraço de Omar, um abraço da vida

O argentino luta hoje de outra forma – luta para levar o atual tricampeão equador Emelec à segunda fase da Libertadores. Terceiro do Grupo 7, tem 4 pontos, dois a menos que Deportivo Táchira (VEN) e Pumas (MEX).

Omar comandou o gigante Independiente de Avellaneda em 2013 e 2014 na Série B. Ascendeu e deixou o Rojo em seu lugar. Foi homenageado em toda a Argentina.

Com o técnico e ex-jogador Mostaza Merlo

Há ótimas entrevistas suas nos arquivos do ''Clarín'' e do ''La Nación''.


Clube que revelou Maradona, Redondo e Riquelme proíbe roupa da Grã-Bretanha
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Tales Torraga

Na Argentina hoje se respeita o Dia dos Veteranos – pelo início, 34 anos atrás, da Guerra das Malvinas. A data motivou o Argentinos Juniors a anunciar que a partir deste sábado está proibida a entrada no clube com vestimentas da Grã-Bretanha.

 

Pior campanha do atual Argentino (3 pontos em 8 jogos) e brigando para seguir na Primeira Divisão, o Argentinos Juniors tem 111 anos e ganhou a Libertadores 1985.

Revelou jogadores de enorme destaque como Sorín, Riquelme, Redondo, Cambiasso e Diego Armando Maradona – nome de seu estádio de futebol.

O poliesportivo do Argentinos se chama justamente Las Malvinas. Seu microestádio leva o nome de Malvinas Argentinas.

A restrição serve para lembrar duas imagens de Maradona vestido de Inglaterra. A mais famosa delas, em 1981, com Freddie Mercury e o Queen em Buenos Aires.


A outra, em 1980 depois do amistoso Inglaterra 3×1 Argentina em Wembley.


34 anos hoje: a incrível história do volante Ardiles na Guerra das Malvinas
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Tales Torraga

Em 2 de abril como hoje – mas de 1982 – começava a Guerra das Malvinas, o louco conflito entre Argentina e Inglaterra pela ilha a 500 quilômetros da costa argentina.

Durou 75 dias e matou 258 britânicos e 649 argentinos. Um deles, o primo de Osvaldo Ardiles, então volante do Tottenham, da Inglaterra, e da seleção argentina.

Pensem. Seu país-natal e seu país de adoção entram em guerra. E você no meio. Com um parente no front de batalha. Às vésperas de uma Copa do Mundo, a de 1982, na Espanha, quando Ardiles, 29 anos, vestiu camisa 1 (pela ordem alfabética).


Dos grandes ídolos da história do clube inglês, Ardiles deixou a Inglaterra e foi jogar em Paris. Voltou ao Tottenham meses depois. Dócil, um ser humano espetacular, seu conflito interno gerou a mais rica história esportiva daquela absurda guerra.

O drama de Ardiles virou filme da ESPN. Com Villa, amigo e parceiro de Tottenham, ambos recordaram aqueles tempos e visitaram as Ilhas Malvinas, onde ocorreu enorme surpresa. Vale demais ver – principalmente hoje, aniversário e sábado.

Produzido por Juan José Campanella, ganhador do Oscar com O Segredo dos Seus Olhos, a produção é essencial para entender a história deste enorme jogador que foi – e desta incrível pessoa que é – o pequenino e corajoso argentino Osvaldo Ardiles.

 


Barcelona x Real Madrid: Messi reencontra hoje seu antecessor Di Stéfano
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Tales Torraga

Dois argentinos. Um de Rosário. Outro, de Barracas.

Um, maior jogador da história do Barcelona. Outro, o principal astro do Real Madrid.

Cinco Bolas de Ouro, Messi entra no Camp Nou às 15h30 para defender o Barcelona contra o Real Madrid de Di Stéfano, cinco Ligas dos Campeões.

Pode chegar até ao gol 500 da carreira. Falta só um.

Citamos cinco semelhanças das trajetórias dos dois imensos gênios argentinos:

PALMEIRAS


Messi em 2012 ganhou de Barcos uma camisa do Palmeiras. Não a vestiu – pegaria mal com patrocinadores. Di Stéfano sim suou o manto verde. Em 1948, Pacaembu, o combinado Boca-River pediu o uniforme emprestado. Eis Di Stéfano palestrino.


                                                                SANTOS


Messi e Di Stéfano cruzaram suas fantásticas carreiras com o fantástico Santos. Messi brilhou no 4×0 da final do Mundial 2011. Di Stéfano integrou o Real 5×3 Santos em homenagem ao jogador Miguel Muñoz na Madri de 17 de junho de 1959.


Di Stéfano, 32 anos; Pelé, 18. Duas semanas depois de o Real Madrid conquistar seu quarto título europeu seguido. O amistoso foi o 14º jogo do Santos na turnê pela Europa. Jogava com menos de dois dias de intervalo entre partida e outra.

ATAQUES

Messi integra hoje o histórico MSN ao lado de Suárez e Neymar. Di Stéfano fez parte da segunda versão de La Maquina, a grande delantera do River Plate. Nesta pose de 1947, Reyes, El Charro Moreno, Di Stéfano, Ángel Labruna e Félix Loustau.

ARGENTINA


Gigantes em clubes, nem tanto na Seleção. Di Stéfano disputou só 6 jogos entre 1947 e 1948 com a azul e branca. Jamais jogou Copa do Mundo. Messi jogou Copa e fez final. Está a 6 gols de ser o maior artilheiro da Argentina. Mas lhe falta taças.

MARADONA

El Diegote foi o técnico de Messi na Copa de 2010. E esteve bem próximo de ser treinado por Di Stéfano no River de 1981. Don Alfredo é o único técnico campeão por Boca (69) e River (81). Esteve sempre longe da Seleção na Era Maradona.

Di Stéfano (morto em 2014), Messi e Maradona sorriem em 2009 na reunião dos três grandes expoentes desta pobre, talentosa e apaixonante Argentina. Há craques e bom futebol? Há Argentina. Desde sempre. Até (e principalmente) hoje.


Bombonera maior e mais lucrativa? O Boca quer. A torcida, de jeito nenhum
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Tales Torraga

Sexta-feira é dia especial na falante Buenos Aires. Animados com café, vinho e cigarro, os ânimos portenhos sempre explodem ao analisar o Boca Juniors.

A histeria de hoje então é a maior dos últimos anos. Ontem à noite o clube aprovou a compra de terreno de 32 mil metros quadrados nas cercanias da hoje Bombonera.

Espaço (azul) a ser comprado pelo Boca, hoje detentor do amarelo / Google Maps, montagem La Nación

Uma das utilidades do espaço seria construir um novo estádio para suprir as imensas carências da atual cancha erguida 76 anos atrás.

O Boca vai desembolsar 180 milhões de pesos ao espaço hoje da Corporación Buenos Aires Sur S.E (S.E de Sociedade do Estado). A forma de pagamento: 5% dez dias depois de assinar o contrato e o resto em 41 suaves prestações trimestrais.

Atual presidente argentino, Mauricio Macri foi mandatário do Boca de 1995 a 2007.

Capa de hoje do ''Olé!'' mostrando que o Mundo Boca treme (tiembla)

A torcida do Boca está fixa na ideia de que na Bombonera não se mexe – sequer se aumenta – e se fizeram em Wembley (exemplo de templo remodelado) é porque os ingleses são pechos frios que não têm a paixão que move o argentino.

Durante a assembleia, os torcedores já cantavam pela manutenção da Bombonera.

Reproduzo um pouco do que se escuta e se lê hoje em trocas de mensagens na capital portenha. Embora haja aqui um equilíbrio proposital nas opiniões, enquetes em Buenos Aires mostram que cerca de 65% da torcida é contrária ao novo estádio.

''Não tem sentido mexer na Bombonera. Não há acessos, não há onde estacionar, os vizinhos não querem e não merecem um segundo estádio. Vão colocar um elefante numa quitinete. Muitos confundem demência com fanatismo, e daí justificam suas loucuras.''


''A Bombonera simboliza a Argentina? Em partes. Uma Argentina incompleta, fundada há 75 anos e ainda sem terminar. A Argentina ignorante, de onde nem se vê o jogo da terceira bandeja (piso da arquibancada). Simboliza uma Argentina que tira vantagem em tudo, sem acrílico nos escanteios para cuspir e queimar o olho dos outros jogadores. É evidente que um novo estádio é necessário.''

''Um novo estádio é fundamental. O torcedor e o sócio perderam espaço com a reforma de 1996, que só deu palcos VIPs a milionários, corruptos e amigos de dirigentes. O Boca hoje tem tribunas inteiras onde se faz negócios e ganham dinheiro a barra brava, não o clube. O Boca merece estádio onde caibam seus 100.000 sócios.''

''O mundo inteiro considera a Bombonera como estádio único e o clube quer mudar? Não se dá conta de que há monumentos do homem que são intocáveis?''


Argentino, 44, brilha no Paraguai (que travou Brasil e salvou Corinthians)
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Tales Torraga

A Seleção de Ramón Díaz esteve a segundos de vencer o Brasil de Dunga.

Jogadores do país, Romero e Balbuena fizeram os gols da vitória do Corinthians.

O futebol paraguaio que nesta semana complicou a Seleção e salvou o atual campeão nacional tem argentino de 44 anos (!) como destaque na Primeira Divisão.

É Roberto Miguel El Toro Acuña Cabello, meia titular do Rubio Ñu, quarto colocado e firme na briga pelo título do Paraguaio.

Está a quatro pontos do líder, Sol de América, com todo um turno (11 jogos) por vir.

El Toro Acuña, 44 anos, no Rubio Ñu

El Toro nasceu em Avellaneda, cidade-quase bairro de Buenos Aires. Fez-se paraguaio e, com Chilavert, Arce e Gamarra, quase tirou a França da Copa de 1998.

Vestiu a 10 também em 2002 – caiu nas oitavas para a de novo finalista Alemanha.

Acuña no Boca 1994

Na Argentina, foi contemporâneo de Maradona no Boca Juniors que defendeu em 1994 e 1995. Jogou também pelo Independiente em 1996 e 1997.

Hoje, integra o Rubio Ñu que tem como goleiro Carlitos Gamarra, 23, filho do zagueiro e seu companheiro de seleção paraguaia Carlos Gamarra.

Acuña não dramatiza. Conforma-se em ser um a mais no grupo. Começa como titular e, óbvio, sai antes do fim. Segue com a raça e a inteligência que marcaram sua carreira. No banco, faz questão de comandar o time ao lado do técnico.

Atribui jogar aos 44 anos aos cuidados da vida ''em ordem'' com a família. Assim que as partidas acabam, se entrega aos verdadeiros vícios: refrigerante e chocolate.

Acuña: figurinha na Copa, 18 anos atrás

El Toro, impressionante, no ano passado jogava futebol de areia pelo Paraguai. E pode agora ganhar a Primeira Divisão do país pelo modesto clube de Assunção.

Quer parar por cima. Mas enquanto touros mecânicos param, somem, El Toro sigue.


Menotti: Dunga, vazio, parece um pedreiro. E Palmeiras, time de 2ª divisão
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Tales Torraga

A imprensa argentina não vê mais graça em tirar sarro do Brasil. Depois do 7×1 Alemanha, o tom é muito mais de análise que de ironia com os vexames do rival.

O jornal ''Olé!'' de hoje é neutro – quase indiferente – com o Paraguai 2×2 Brasil. E isso porque a grande fama do jornal vem das provocações: ''Dunga rouba. Ao time de Ramón se escapou (a vitória) outra vez em cima da hora. Os dois estão fora''.

A crítica forte vem do ''La Nación'' e de seu colunista César Luis Menotti. Antes mesmo da partida contra o Paraguai o técnico campeão mundial de 1978 cravava:

''Com Dunga nunca se sabe ao que joga. Se sabe que exige sacrifício, mas isso me soa vazio. Sacrifício é trabalhar 12 horas por dia de pedreiro, não jogar futebol.

Rosarino, César Luis Menotti hoje tem 77 anos e é colunista do jornal ''La Nación''

Vejo muito mal o Brasil em todos os níveis. Outro dia vi o Palmeiras contra o Rosario Central na Libertadores e parecia time de Segunda Divisão.

Como técnico, enfrentei um Palmeiras de Edmundo, Roberto Carlos…

Como jogador, então, nem te conto: Ademir da Guia, Artime…

Tampouco o São Paulo joga bem. Não vejo um único clube sequer regular.

O futebol brasileiro está atravessando uma crise que a gente viveu na Argentina. A nossa, pelo menos, parece que vai se superando lentamente, enquanto a brasileira cada vez se acentua mais.

Mas ainda assim a seleção brasileira segue com jogadores muito bons e com capacidade de improvisação''.

Ternos e puchos (cigarros), um legítimo Menotti 1978

O raciocínio completo de Menotti está aqui, a partir de 3min10s.


Messi, 50 gols pela Argentina. Em contagem regressiva para passar Batistuta
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Tales Torraga

Fácil, extremamente fácil, o Argentina 2×0 Bolívia de Córdoba serviu para Lionel Messi chegar aos 50 gols pela Seleção. De pênalti, o segundo da noite foi seu.


Messi tem boas chances de virar o maior artilheiro da história da Argentina – hoje Batistuta, 6 a mais – já na Copa América de junho, nos Estados Unidos. O grupo da Argentina na primeira fase tem as frágeis Bolívia e Panamá e o complicado Chile.

Depois da Copa América, pelas Eliminatórias: Uruguai (1.set, casa), Venezuela (6.set, fora), Peru (6.out, fora), Paraguai (11.out, casa), Brasil (10.nov, fora) e Colômbia (15.nov, casa).

Dado expressivo, três dos seis principais artilheiros da Argentina estão em atividade. Os dez goleadores da Seleção agora são:

1) Gabriel Batistuta, 56 gols (78 jogos entre 1991 e 2002)
2) Lionel Messi, 50 gols (107 jogos desde 2005)
3) Hernán Crespo, 35 gols (64 jogos entre 1995 e 2008)
4) Diego Maradona, 34 gols (91 jogos entre 1977 e 1994)
5) Sergio Agüero, 33 gols (71 jogos desde 2006) 
6) Gonzalo Higuaín, 26 gols (56 jogos desde 2009) 
7) Luis Artime, 24 gols (25 jogos entre 1961 e 1967)
8) Daniel Passarella, 23 gols (70 jogos entre 1976 e 1986)
9) Leopoldo Luque, 22 gols (45 jogos entre 1975 e 1981)
10) José Sanfilippo, 21 gols (29 jogos entre 1957 e 1962)

* Em atividade

Arte: Twitter ESPN

O gol 50 de Batistuta saiu com 69 jogos e 30 anos. O de Messi, 107 jogos e 28 anos. Curiosidade: ambos em Córdoba. O de Batigol, contra a Colômbia.

Na média:
0,72 – Batistuta
0,56 – Crespo
0,47 – Messi
0,37 – Maradona

Oficiais:
35 – Batistuta
26 – Crespo
23 – Messi
17 – Higuaín e Méndez
15 – Maradona e Riquelme

Os 50 gols de Messi:
47 de esquerda (11 de pênalti, 3 de falta)
2 de direita
1 de cabeça

Os números gerais de Messi pela seleção argentina:

@mauricoccolo


Cinco coisas a saber de Ramón Díaz, o ‘louco lindo’ que enfrenta o Brasil
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Tales Torraga

Fundamental para Dunga, o Paraguai x Brasil de Assunção às 21h45 põe a Seleção à frente de um enorme símbolo da loucura argentina no futebol: Ramón Díaz, 56 anos, técnico do Paraguai que já eliminou o Brasil da última Copa América.

El Pelado Díaz, o careca Díaz, pelo seu corte quando novo, é o que os portenhos chamam de 'loco lindo'. Um figuraça. Contamos cinco curiosidades suas:

1) GOZAÇÕES
Pelo River, ninguém nunca colocou tanto fogo na rivalidade com o Boca como Ramón. Ele tripudia o rival desde quando jogava, nos anos 70, até hoje.

Em mais de uma vez como técnico, entrou ou saiu da Bombonera de nariz tapado. É a forma argentina mais comum de gozar o Boca Juniors pelo apelido de bostero.


No último superclássico que disputou lá – vitória por 2×1 em 2014 com gol no fim – mostrou à barra brava mais violenta da Argentina, a 12, que eles não faziam barulho.

Pouco antes, 2013, ofereceu pirulitos aos jogadores de um Boca repleto de jovens.

2) APOSTAS COM MACRI
Essa rivalidade impulsionou – e formou – a relação de Ramón Díaz com o então mandatário do Boca e hoje presidente da Argentina, Mauricio Macri, de quem foi cabo eleitoral na eleição do ano passado.

Fazem apostas até hoje. Em 1999, foi uma caminhonete. Ganhou River 2×0. O veículo sorteado pelos jogadores ficou com o meio-campista Víctor Zapata.

3) TAL FILHO, TAL PAI
Ramón Díaz era adolescente quando perdeu o pai para o Mal de Chagas. E seu filho, Emiliano, de 32 anos, é seu assistente técnico desde 2011.

A relação, claro, é criticada por ser motivada pela família e não por méritos técnicos – embora juntos os dois tenham sido competentes campeões no River em 2014.

Ramón chorou de forma incomum por este título. E foi muito abraçado por Emiliano.

4) GOLAÇO NO BRASIL DE 1982
Ramón Díaz foi dos grandes atacantes do mundo nos anos 80. Campeão mundial juvenil em 1979 com Maradona, seu desempenho na seleção só não foi mais frequente por brigas com El Diez. Daí sua ausência nas Copas de 1986 e 1990.

Em 1982, chutou de longe no ângulo (instantes depois de Maradona chutar o estômago de Batista) para fazer o gol de honra no Brasil 3×1 Argentina do Sarrià.

5) ANGELITO
Nome: Ramón Ángel Díaz. O Ángel é homenagem do pai fanático pelo River a Ángel Labruna, atacante, técnico e hoje gigante estátua de verdade em Núñez.


Ramón estreou no River em 1978 com Labruna como técnico-quase pai. A relação entre ambos teve uma briga ou outra, mas foi das mais produtivas daqueles tempos.

Hoje, Ramón é bandeira no Monumental ao lado do mestre que fez questão de bater nas conquistas como treinador. Ramón tem dez títulos pelo River, oito Nacionais e dois internacionais (Libertadores 1996 e Supercopa 1997). Labruna, sete Nacionais.

Falando em Monumental, durante muitos anos a torcida vibrou com seus times gritando inflamada, explodindo de verdade: ''Oy, oy, oy, oy! Es el equipo de Ramón''.

Como no sucesso do Kapanga: Ahí viene Ramón, la alegria de mi alma. A música é grande referência popular a Díaz mesmo sem ser inspirada nele. Cuidado, Brasil. 

 


Loucura pouca é bobagem. Argentino filma (e viraliza) suas reações em jogos
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Tales Torraga

Vergonha por chorar, gritar, tirar a camisa e quase destruir a casa com o futebol? Franko Bonetto, argentino de Córdoba, 36 anos, radialista, não tem. Pelo contrário.

Como vive a 700 quilômetros de Buenos Aires e do seu River Plate, ele filma a si mesmo para simbolizar a paixão e loucura dos que não podem – por distância ou dinheiro – ir ao estádio. ''É como faço o incentivo chegar ao time e aos torcedores.''

Frankucho grava vídeos seguidamente há dois anos. Ganhando, perdendo ou empatando. Suas duas reações mais acessadas têm juntas 1,2 milhão de views.

A sua preferida é esta aqui, Argentina passando à final da Copa do Mundo.

Xingado (louco, inútil, narcisista) e idolatrado (gênio, símbolo, apaixonado) nas redes sociais, diz não dar bola. ''Quem me conhece vê que sou assim. Não é tipo.''

A convivência com a mulher é tranquila: ''Me banca em todas, pobre''. Tem um filho – Matías Enzo, por Almeyda e Francescoli -, mostrado nas filmagens, e duas meninas.

Garante que a relação com torcedores do Boca e do Brasil é sempre descontraída: ''O futebol é lindo, mas só um jogo, nada de vida ou morte''.

E deixa un saludo y un abrazo aos brasileiros que leem o blog. Gracias, Frankucho!