Patadas y Gambetas

Na Bombonera, Boca estreia Messi: 18 anos, pinta de craque e xará de Lionel
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Tales Torraga

Brincadeira do fim de semana na Argentina: Cristiano Ronaldo está deprimido. Ele agora tem outro Messi para se desesperar – Alexis Messidoro, 18 anos, que estreou oficialmente pelo Boca na goleada deste sábado, na Bombonera, 4×1 no Aldosivi.

Messidoro treina / Crédito: Boca Juniors

Meninos evitam se comparar a astros, mas Messidoro há anos pede para ser tratado como 'Messi'. Assim enganaria rivais que imaginariam ser parente de Lionel. Não é.

A diretoria o trata como o mais promissor dos pibes desde os volantes Gago e Banega, já há quase dez anos. Messi é enganche, joga como Román Riquelme.

Aprovado de cara, sua peneira do Boca durou só 5 minutos. Tinha 14.

Em janeiro, em amistoso com o Emelec, jogou com Tevez, deu assistência e fez gol.

A 'pequena joia' do Boca

Muito bem cotado com o ex-técnico Vasco Arruabarrena, Messidoro tem igual prestígio com o treinador atual, Guillermo Barros Schelotto. A vontade da diretoria é levá-lo aos poucos e sem queimar etapas. Por isso a escalação no misto que massacrou o Aldosivi. Messi fez o terceiro dos 4×1. Só empurrou para o gol vazio.

Seus gols na base do Boca são sempre elogiados. Brincam que ele é a mescla de Messi (pelo Messidoro) com Maradona (Bambino d'Oro no Napoli).  Messi d'Oro.

A turma do River Plate não perde a chance de gozar chamando de ''Messinodoro''.

Inodoro na Argentina é vaso sanitário.

* Atualizado às 20h31


Histórico: Calleri é o maior goleador por times brasileiros na Libertadores
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Tales Torraga

Sete gols em seis jogos, e com ainda uma partida a ser realizada na fase de grupos.

O desempenho do argentino Jonathan Calleri pelo São Paulo jamais foi registrado por jogador algum de equipes brasileiras na história da Libertadores.

Quem mais se aproxima da impressionante marca de Calleri é o boliviano Marcelo Moreno, seis gols pelo Cruzeiro em 2008 na mesma altura do campeonato.

Outros dois jogadores argentinos – Bou (Racing) em 2015 e Alustiza (Deportivo Quito) em 2012 – somaram seis gols a uma partida do fim da fase de grupos.

Os recordistas a um confronto do fim desta fase têm oito gols. São os paraguaios Cabañas (América do México 2006) e Salcedo (Cerro Porteño 2005).

A pré-Libertadores foi criada em 2005, invalidando o recuo para edições anteriores.

Os 7 gols dariam a Calleri a artilharia final de três das últimas cinco Libertadores.

Os gols do argentino do São Paulo saíram contra César Vallejo-PER (um), Trujillanos-VEN (quatro) e River Plate-ARG (dois).

O São Paulo é o time brasileiro com mais artilheiros na Copa até hoje, seis. São eles: Aloisio 2006 (cinco gols), Luís Fabiano 2004 (oito), Palhinha 1992 (sete), Terto e Pedro Rocha 1974 (sete) e Toninho Guerreiro 1972 (seis).

Pedro Rocha grita gol no Morumbi

Cruzeiro, Santos e Palmeiras vêm a seguir, quatro artilheiros.

O maior goleador por um time brasileiro na Libertadores é Luizão, pelo Corinthians, em 2000: espantosos 15 gols. A um jogo do fim da fase de grupos, somava cinco.

O recordista em uma só edição é o argentino Daniel Onega, 17 pelo River em 1966.


Pelo Boca: usada por Calleri, camisa 12 está proibida no River há três anos
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Tales Torraga

Os dois gols de Jonathan Calleri no São Paulo 2×1 River Plate machucaram ainda mais o time de Núñez por algo impensado no Brasil: sua camisa, a 12, foi proibida no River pela associação com o Boca Juniors e sua barra brava Doce (12º jogador).

Criticada por muitos, a medida foi anunciada em fevereiro de 2013 pelo então presidente Daniel Passarella.  Se Calleri recorre ao 12 para lembrar o Boca, dois outros jogadores de grande identificação com o River vestiram o número 25 por representar a galinha – apelido do clube – na Quiniela, a loteria argentina.

Um deles, o volante Matías Almeyda, 25 na Lazio, Inter de Milão e no próprio River.

Outro, o zagueiro da seleção Ramiro Funes Mori, campeão e autor de gol na final da última Libertadores com o River e hoje 25 no Everton, da Inglaterra.


Outro argentino em atividade no Brasil que escolheu número identificado com time argentino é Mancuello, do Flamengo: 23, em alusão à vantagem do Independiente, seu ex-clube, no histórico contra o rival de Avellaneda e de toda a vida, o Racing.

Muitos argumentam que a escolha pelo número é uma forma de fazer média com a torcida do ex-clube e manter portas abertas para um eventual retorno. Outros avaliam diferente: é amor legítimo. Seja qual for a opinião, é mais um importante retrato da passionalidade (ou loucura?) com a qual o argentino vive seu futebol.

A numeração completa do atual River Plate – sem o 12, sim com 25 – é esta aqui.


Oito anos depois, Simeone exorciza seu pior fantasma
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Tales Torraga

Provável que na cabeça de Diego Simeone hoje nos últimos minutos do dramático Atlético de Madri x Barcelona no Vicente Caldeirón tenha passado o filme que não cruzou – e sim atropelou – sua equipe oito anos atrás. No caso, o River Plate.

Tudo igual: ganhando 2×0 em casa, torneio continental e, no fim, cruel eliminação.

Foi nas oitavas da Libertadores de 2008, River Plate x San Lorenzo. Com dois homens a mais, o River vencia por 2×0 e cedeu o empate que classificaria o Ciclón de Ramón Díaz e…D'Alessandro, talvez na grande partida de sua vida. Jogou como um autêntico 10. Pedia a bola, apanhava, levantava e….seguia a prendendo.

Em entrevista de semanas atrás no jornal argentino ''La Nación'', Simeone escolhia esta como sua maior tristeza, palavra que talvez não exista mais no seu dicionário.

A maior alegria de Simeone como técnico era seu título pelo Estudiantes contra o Boca em 2006. Outra que deve estar reclassificada depois do épico Aleti x Barça.


Muralhas, craques, zagueiro bélico. 5 razões para não perder Racing x Boca
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Tales Torraga

Hoje é dia do clássico argentino mais aguardado da fase de grupos. Racing e Boca Juniors se enfrentam às 19h30 no Cilindro de Avellaneda com tudo o que a Libertadores tem de especial: luta, talento e torcida apaixonada em estádio lotado.


Racing (8) e Boca (6 pontos) lideram o Grupo 3 com vaga encaminhada ante Bolivar-BOL e Deportivo Cali-COL. O clássico é imperdível por cinco razões.

MURALHAS DE SELEÇÃO. Agustín Orion, 34 anos, pelo Boca; Sebastian Saja, 36, pelo Racing. Dois dos melhores goleiros da Argentina guardam outra similaridade: já atuaram na Seleção. Orion vez ou outra segue convocado. Saja defendia o Grêmio que perdeu, justo para o Boca, a final da Libertadores de 2007.


ZAGUEIRO BÉLICO.
Cata Díaz tem 36 anos – seis de Europa – e atitudes que não condizem com a bagagem. Na última vez que jogou no Cilindro foi expulso por mão na bola e saiu de campo com este gesto obsceno – algo que não é incomum em seu repertório. Era dos líderes do Boca com Orion e Tevez. Tem perdido ascendência.


VOLANTES RECUPERADOS. Fernando Gago é velho conhecido. Brilhou pelo Boca, pelo Real Madrid, pela Seleção e está voltando ao seu melhor depois de grave lesão. Quem retornou após séria complicação, mas ainda não teve tempo de brilhar, é Ezequiel Videla, o ''Mascherano'' do Racing. Leão é pouco para defini-lo.


ROMERO, O NEYMAR PARAGUAIO.
Óscar Romero tem 23 anos e é irmão do corintiano Ángel Romero. Habilidoso e encarador (inclusive para enfrentar patadas), é comparado a Neymar. Dos grandes jogadores em atividade na Argentina. Ir à Europa é questão de meses – a não ser que jogue em dezembro o Mundial.

TEVEZ CONTRA SUPERATAQUE. Carlitos tem rendido melhor desde a chegada do técnico Schelotto. Os companheiros é que precisam entregar mais, tanto que o Boca está desesperado para contratar um 9. O Racing em compensação tem delantera fatal. Bou e Licha López estão com tudo. Milito hay uno solo. No banco.


Racing: Sebastián Saja; Iván Pillud, Nicolás Sánchez, Leandro Grimi e Germán Voboril; Oscar Romero, Ezequiel Videla, Luciano Aued e Marcos Acuña; Gustavo Bou e Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.

Boca Juniors: Agustín Orión; Gino Peruzzi, Daniel Díaz, Juan Insaurralde e Frank Fabra; Fernando Gago, Andrés Cubas e Nicolás Lodeiro; Cristian Pavón, Carlos Tevez e Federico Carrizo. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

Árbitro: Carlos Vera (Equador).

Jogo de ida: 0x0 na Bombonera sem público.


Técnico do River, Gallardo alegrou tricolores na última visita a São Paulo
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Tales Torraga

Técnico do River Plate, Marcelo Gallardo está de volta a São Paulo após dez anos. Em 2006, com a 10 do mesmo River, comandou no Pacaembu um histórico baile em cima do Corinthians para alegria dos são-paulinos que confronta hoje às 21h45.

Sua nota naquela noite foi o número da camisa: 10. O River venceu de virada, 3×1, o Corinthians de Tevez. E os três gols saíram dos pés do Muñeco (Boneco) Gallardo.


Na frente com Nilmar, o Corinthians sofreu o empate com gol contra de Coelho em falta cobrada por Gallardo. A virada, de Higuaín, também teve assistência sua. No terceiro, a mescla dos dois primeiros: falta da direita de Gallardo. Gol de Higuaín.

A torcida do Corinthians estourou o portão, brigou com a polícia, ameaçou os jogadores e a partida válida pelas oitavas-de-final nem terminou, para festa do River.

Gallardo já havia sido decisivo na ida. Deu o passe para Ferrari fazer 2×1. O terceiro do River saiu em cobrança de escanteio sua. Acabou River 3×2 – e o Corinthians com homem a menos. Mascherano foi expulso depois de carrinho na lateral justamente nele, Muñeco, que carregou a bola ao seu lado esperando a infração.


A alegria são-paulina naquele confronto não se repetiu em outras duas vezes em que o clube enfrentou o talentoso meia da seleção argentina e do time de Núñez.

Em 1997, Gallardo era parceiro de Salas e Francescoli no 2×1 River campeão da Supercopa da Libertadores. Em 2003, na semifinal da Sul-Americana, também atuou na eliminação millonaria imposta ao São Paulo. Ajudou a separar a briga que se formou depois de Luis Fabiano acertar a célebre voadora nas costas de Ahumada.

O último confronto do Muñeco jogador contra o São Paulo também terminou em baile, mas para o time de Rogério, Lugano, Danilo, Amoroso e Luizão.

Na semi da Libertadores 2005, vista como ''final antecipada'', Gallardo pouco fez para evitar as derrotas do River para o São Paulo. No Morumbi, 2×0; em Núñez, 3×2.

O São Paulo terminaria campeão daquela Copa – 4×0 no Atlético-PR. E fecharia 2005 como campeão mundial, 1×0 no Liverpool no jogo da vida de Rogério Ceni.


Mestre da bola e da vida: Francescoli inspira Zidane em sua principal noite
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Tales Torraga

Zinedine Zidane reencontrou sua história hoje no Santiago Bernabéu. Viveu o jogo mais importante de sua recente carreira de técnico. Conseguiu o 3×0 e descontou dois gols de desvantagem frente ao Wolfsburg para seguir na Liga dos Campeões.

Em momentos assim, explicam os profissionais da mente, seres humanos buscam as referências iniciais. No caso de Zidane está claro: é o uruguaio Enzo Francescoli.

Former soccer stars Zidane of France and Francescoli of Uruguay present River Plate's new jersey in Buenos Aires

Francescoli e Zidane se cruzaram em 1989 e 1990. Enzo jogava no Olympique de Marselha, onde morava um muito tímido adolescente. Era Zinedine, então 18 anos.

''Ele era ia me ver nos treinos. Não se animava a fazer perguntas, pedir autógrafos, nada'', declarou Enzo recentemente na imprensa argentina. Francescoli está com 54 anos e é hoje dirigente do River Plate, clube que o levou a enfrentar Zidane  – na final do Intercontinental de 1996, equilibrado jogo que terminou 1×0 para a Juventus.


''Foi lá que soube da sua admiração. Quando nos conhecemos, nos pusimos colorados [ficamos vermelhos] e terminamos abraçados no gramado do Japão.''

Zidane pediu duas camisas a Francescoli – uma para si e outra para o filho que se chama Enzo. Em homenagem ao ídolo uruguaio, por supuesto.

De tão feliz, Zizou dormiu com a camisa dada por Francescoli por meses. Foi seu pijama. Enzo Zidane, meio-campista, 21 anos, hoje tenta carreira no Real Madrid B.

Francescoli conta ótima história: ''Um dia estávamos com meu filho Marco, para quem Zizou é um ídolo, e lhe disse: “Marco, aqui está ele, pergunte sobre o controle de bola que tem”. E Zidane respondeu: “Que explique seu pai, aprendi dele”.

Enzo é humilde: ''Zidane me superou de longe. O aluno ultrapassou o mestre''.

O contato entre tutor e discípulo é constante.''Sempre no WhatsApp. Gosto muito dele. Nem pelo nome do filho, sim por ser capaz de transmitir o melhor do esporte.''

Ser técnico do Real e multimilionário não muda a relação entre eles, diz Enzo: ''Zidane fala comigo olhando para o chão. Tem vergonha. É um tipo muito especial''.

 


Mandrake D’Alessandro volta ao Morumbi, palco de inesquecíveis magias suas
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Tales Torraga

El Mandrake. Assim Andrés D'Alessandro é chamado na Argentina, país que vê, em seus pés, a magia do ilusionista inventado nos Estados Unidos em 1935.

De todas suas hipnoses, duas feitas no Morumbi, onde jogará nesta quarta, estão cravadas na Libertadores com o selo ''D'Alessandro'' de ser: gols, briga e talento.

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2003, a primeira noite de D'Ale no Morumbi. Inesquecível oitavas entre o Corinthians de Gil, Liédson e Geninho contra o River Plate de Coudet, Cavenaghi e Manuel Pellegrini.  Na ida, Monumental, virada do River, 2×1 com gols nos 5 minutos finais.

D'Alessandro bateu, falou e apanhou. O Corinthians saiu na frente com gol de Jorge Wagner. D'Alessandro então deu uma cabeçada no caído Kléber e tanto o infernizou que cavou a expulsão do corintiano. Com homem a menos, o Corinthians entregou.

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D'Alessandro fez um golaço de falta – digno de Neto e Zico – no ângulo de Doni aos 40min. Cavenaghi, aos 44min, decretou o 2×1 final. O jogo de São Paulo na semana seguinte teve roteiro parecido. O Corinthians saiu na frente – Liédson, de cabeça.

O River empatou ainda no primeiro tempo, Demichelis, em falta cobrada por Coudet, hoje técnico do Rosario Central. D'Alessandro em cena. Bateu, falou e apanhou.

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E tirou do jogo o lateral Roger – substituto de Kléber, suspenso pela patada em D'Ale na ida! – que levou ao coice da letra o que disse Geninho: ''Pega! Pega''.

Largou um pontapé sem bola em D'Alessandro na lateral – e no meio – do campo e deixou os dez corintianos com a missão de vencer no Morumbi de 66.666 pagantes.

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Quem fez gol foi o River. 2×1 atrás, o Corinthians foi à desforra em D'Ale. Le dieron de lo lindo. Apanhou de todos. Foi até esganado pelo zagueiro Anderson. Guapo.

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A torcida do São Paulo vibrou com a eliminação do Corinthians. Mas sete anos depois, 2010, sofreu com a canhota do Mandrake. Mais comportado – e letal.

No jogo de volta da semifinal da Libertadores 2010 (1×0 Inter na ida), em falta no começo do 2º tempo, deu sorte de a bola desviar em Alecsandro e vazar Rogério.

Terminou 2×1 São Paulo. Inter classificado. Para a final da Libertadores e do Mundial de Clubes, pois enfrentaria o mexicano Chivas na decisão continental.

Nesta quarta, a decisão é para o São Paulo. Para o Mandrake D'Alessandro, a dois dias de fazer 35 anos, sem decisões. Só o improviso dos mágicos. Ele é. Créanme.

 


Sete fraquezas do vulnerável River para o São Paulo explorar no Morumbi
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Tales Torraga

O River Plate a caminho de São Paulo é bipolar. Lidera chave na Libertadores. Mas tem só a 20ª campanha de 30 times no Argentino. É o 10º de 15 times no seu grupo.

Aproveitamento de 52% em 2016: 6 empates, 4 vitórias e 4 derrotas. 14 jogos.

É o atual campeão da América. Há poucos meses detinha a tríplice coroa do continente – Sul-Americana, Recopa e Libertadores. Mas hoje está vulnerável.

O jogo de quarta às 21h45 no Morumbi vai avaliar sete debilidades suas:

1) VOLANTES. O referente Ponzio está suspenso tanto na Libertadores quanto no Argentino pela mesma razão: violência e cartão vermelho. Domingo/Mayada/Nacho, trio que jogou bem no 6×0 The Strongest, carece de entrosamento. Foi a ausência de Ponzio que levou o técnico Marcelo Gallardo a testar e aprovar esta formação.

2) ZAGUEIROS MACHUCADOS. Os três defensores vêm de lesões recentes: Balanta, Maidana e Mammana – nem completou o último jogo do Argentino para se poupar e tentar atuar nesta quarta. Mammana protagonizou tocante cena ao fazer gol e chorar ante o Strongest. Será pai. Aos 20 anos. Ainda criança, perdeu os seus.

3) D'ALESSANDRO. El Mandrake. Era este o apelido de D'Alessandro em sua primeira passagem pelo River. Contra o Strongest, atuou como um. Mas só. O 6×0 contra os bolivianos foi sua primeira vitória em nove jogos no retorno ao clube.

4) CABEÇA FORA. Dois dos pilares do time já estão com data marcada para sair do River. O lateral-esquerdo Vangioni a partir de junho será do Milan. O Veracruz do México será o destino de Barovero, goleiro que semana passada realizou – com todo carinho – o sonho de um menino com câncer que queria conhecê-lo. Exemplo.

5) MORA. Uruguaio que forma o ataque com o jovem e muito bom Lucas Alario, Rodrigo Mora tem atuações claudicantes. Em recente partida contra o Banfield, Gallardo o tirou por desconcentração. Mora enchufou. Luta mais desde então.


6) BANCO DE RESERVAS. 
Nem quando forma time com suplentes – caso do 2×2 sábado em casa contra o Patronato -, nem quando saem do banco. Os reservas do River estão abaixo do necessário e sob forte cobrança. Lucho González, Viudez, Alonso, Pisculichi, Casco e Pity Martínez correm risco até de deixar o clube.

7) EM CIMA DA HORA. O 2×2 de sábado contra o Patronato foi cedido no minuto 90. O 1×1 contra o Strongest na Bolívia também, bem como o 3×3 contra o Central e o 1×2 Godoy Cruz (este, no 84). O River teria 7 pontos a mais sem os gols tardios.


Maior que Messi. Argentina revive hoje a ‘noite de luz’ de Maradona no Boca
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Tales Torraga

Tanto foi coisa de cinema que virou documentário, o ótimo Estrella 15. Chuva, noite de sexta, Bombonera lotada como nunca, 3×0 River no jogo da vida de Maradona pelo Boca – provavelmente a maior atuação de um jogador em canchas argentinas.

Há exatos 35 anos, hoje. Neste domingo, Buenos Aires ferve de novo com o debate Messi x Maradona. E hoje vai ser difícil usar a razão ante a catarse da 'noite de luz' de Diego, então com 20 anos, contra um River que era a base da seleção argentina.

Quer curtir 11 minutos do domingo e entender como muitos põem esta atuação de Maradona acima de Argentina x Inglaterra de 1986? Eis. Vale cada segundo.

Golaços, soco na barriga, jogadas históricas, tombo do fotógrafo que espocou flash na cara de Maradona – daí 'a noite da luz' -, uma Bombonera infernal e uma arrancada de Diego aos 45min do segundo tempo – do seu próprio campo, depois de escanteio – que só parou na meia-lua do River ao ser agarrado por Fillol.

Está aqui o Estrella 15 do Boca campeão 81 – única taça de Maradona pelo clube.

Formações daquele 10 de abril de 1981, primeiro superclássico de Maradona e, para muitos, o Boca x River mais estrelado da história:

Boca: Rodríguez; Pernía, Ruggeri, Mouzo, Córdoba; Brindisi, Benítez, Krasouski, Maradona; Escudero e Perotti (Morete). Técnico: Silvio Marzolini.

River: Fillol; Saporiti (H.López), Pavoni, Passarella, Tarantini; J.J. López, Merlo, Alonso, Comisso; P. González (Ramón Díaz) e Kempes. Técnico: Ángel Labruna.

Gols: Brindisi (aos 5min e 10min do segundo tempo) e Maradona (22min do segundo tempo)

Árbitro: Arturo Ithurralde.

1981, triste constatar, foi o último ano de Maradona antes de a blanca mujer transformar Dieguito em um atleta perturbado pelo consumo de cocaína.

Quisiera ver al Diego para siempre 
Gambeteando por toda la eternidad


Es verdad que El Diego es lo más grande que hay 
es nuestra religión, nuestra identidad
Quiero que siga jugando para toda la gente 

Com Brindisi e Loco Gatti

La mejor zurda, no quedan dudas
Con su corazón nos dio el triunfo y la gloria 
Y en el fútbol, que es su juego, nunca nada le dio miedo
Y a la Argentina sí que hizo feliz 
Para el pueblo, lo mejor – Diego Armando Maradó 


Quisiera ver al Diego para siempre 
Gambeteando por toda la eternidad


Es verdad que El Diego es lo más grande que hay 
es nuestra religión, nuestra identidad 
Quiero que siga jugando para toda la gente 


La mejor zurda, no quedan dudas 
Con su corazón nos dio el triunfo y la gloria 
Quisiera que Dieguito juegue para siempre 
Jamás habrá otro igual, ya lo aprendí 


Para el pueblo, lo mejor – Diego Armando Maradó…