‘Messi foi um desastre, não pode ser comparado a Maradona’, diz Beto Alonso
Tales Torraga
O ânimo argentino com Lionel Messi nesta ressaca pós-Copa é o pior possível. A torcida demonstra claramente que quer vê-lo fora da seleção (por um tempo que seja), e até ídolos do passado são muito duros ao analisar o seu papel na Rússia.
O último a se manifestar publicamente foi Beto Alonso, campeão da Copa do Mundo de 1978 e um dos maiores nomes da história do River Plate. ''Messi foi um desastre, já nem podemos mais compará-lo a Maradona'', disse nesta terça (17) o ex-camisa 10 à Rádio Villa Trinidad, de Santa Fe.
''Colocar e tirar companheiros do time é grave. É uma falta de respeito, mas isso quem permitiu foi o técnico. E os companheiros de Messi, também, por que ninguém o xingou para acordá-lo? Os xingamentos não fazem mal, é para motivar, mas ninguém teve personalidade para fazer isso.''
Alonso já tem bem claro quem deveria ser o sucessor de Jorge Sampaoli no comando (?) da seleção: ''Colocaria o Gareca. Joguei com ele e o conheço bem. É inteligente e boa pessoa. A AFA deveria priorizar o projeto, apenas isso''.
El Beto não foi ácido apenas com Messi. Com Daniel Passarella, seu ex-companheiro de seleção argentina na Copa de 1978, ele acabou sendo ainda mais incisivo: ''A queda do River para a Segunda Divisão foi uma das coisas mais feias que aconteceram no futebol. Tínhamos um animal como presidente, por isso tudo aconteceu dessa maneira. Nem cito o nome dele, não há diálogo, nem nada. Sofri muito neste momento, teve gente que morreu do coração.''
Sua última pensata: ''O último camisa 10 que a Argentina teve foi Riquelme. Contra o River, ele crescia e sempre fazia gols. Servia os atacantes e controlava os jogos. Mas não digam aos torcedores do Boca que sou como Riquelme. Eu levo ampla vantagem. Román veio do Argentinos Juniors, e eu nasci no River'', finalizou.