Sampaoli sinaliza saída de três medalhões diante da Croácia
Tales Torraga
A Argentina assimilou bem o tropeço da estreia contra a Islândia. O blog apurou que a comissão técnica e os jogadores não tiveram nenhum atrito no dia seguinte ao 1×1 do triste sábado de temperatura quase negativa em Buenos Aires. Pode-se dizer que na seleção o clima até melhorou: o churrasco e o encontro com os familiares no domingo ajudaram na manutenção de um clima que nos treinamentos é sim positivo, mas que em plena competição demonstra as claras dificuldades de uma Argentina que parece não ter evoluído nada das Eliminatórias até aqui.
Mesmo se a estreia contra a Islândia terminasse com uma vitória contundente, a ideia inicial de Sampaoli era mexer na equipe para a partida contra a Croácia. E as suas alterações já planejadas vão ser colocadas em prática nos treinos desta segunda e terça.
A primeira mudança é a entrada de Gabriel Mercado pela direita, no lugar de Salvio, que sai da equipe. Sampaoli ainda tem uma pequena dúvida sobre a saída de Salvio pura e simples ou a sua entrada no lugar de Meza – esta é uma possibilidade que seus assistentes não levam tanto em consideração neste início de semana.
Outra possibilidade estudada pelo Pelado Sampa é a entrada de Mercado no lugar de Rojo. De fato, é um risco que a Argentina corre contra Mandzukic, companheiro de Higuaín na Juventus, especialmente na bola aérea.
Sampaoli percebeu também que o doble cinco com Biglia e Mascherano não tem futuro. ''Contra a Croácia vamos precisar correr mais'', desliza o corpo técnico. Não há mesmo dúvida de que não resta outra alternativa diante para tirar a bola de Modric e Rakitic.
Que ninguém se espante se a Argentina se mostrar contra a Croácia com Banega, Lo Celso e Enzo Pérez no meio – embora esta alternativa ainda precisa ser validada nos treinamentos. É uma mudança radical e que talvez não ocorra na melhor hora – embora não exista ''melhor hora'' em uma Copa.
Com a saída de Biglia e Mascherano, um outro medalhão se vê muito pressionado e praticamente fora da partida contra a Croácia: Ángel Di María, de participação nula contra a Islândia, que cede lugar a Cristian Pavón.
Oferecer uma sintonia Banega-Messi-Pavón. Não dá para querer que Messi faça absolutamente tudo. Embora na estreia ele não tenha sido capaz de fazer nem o mais simples, que era o gol de pênalti.
As três finais perdidas podem tranquilamente somar mais uma: a desta quinta contra a Croácia. Tango, sofrimento, melancolia. Un infierno, nomás.
Caballero; Mercado, Otamendi, Rojo e Tagliafico; Banega, Lo Celso, Enzo Pérez e Messi; Pavón e Agüero. Este, por enquanto, é o time preferido de Sampaoli. É uma equipe mais equilibrada do meio para a frente. Mas a defesa segue assustando demais até contra times fracos. E isto está longe de ser o caso da Croácia.