Patadas y Gambetas

Tevez abre Libertadores de olho em recorde de Rogério Ceni

Tales Torraga

A noite tão esperada pelos xeneizes chegou. Carlitos Tevez e o Boca Juniors reencontram a Libertadores da América a partir das 21h30 (de Brasília) desta quinta (1º), quando enfrentam fora de casa o Alianza Lima, no Peru.

Tevez está com 34 anos e sua participação na partida de hoje foi colocada em dúvida por conta de uma lesão no ombro. A dificuldade com o físico combalido deve ser uma rotina nesta Libertadores. Carlitos repete sempre que ainda só não se aposentou porque sonha em dar a sétima Copa ao Boca, colocando o clube portenho como o recordista de conquistas na competição, ao lado do Independiente.

De olho nesta possibilidade, Tevez abre sua Libertadores também com a possibilidade de ser ''o homem que venceu o tempo'', como dramaticamente chamam os portenhos sobre o recorde que ele tem em vista – e que é, de fato, bastante interessante.

Tevez conquistou sua primeira e única Libertadores até aqui com meros 19 anos. Foi em 2003, quando acabou escolhido como o melhor jogador daquela edição. Carlitos marcou inclusive um gol na final contra o Santos de Leão, Diego e Robinho.

Vencendo também em 2018, Tevez será o jogador a conquistá-la com o maior intervalo de tempo – nada menos que 15 anos.

O feito pertence hoje a Rogério Ceni, que era reserva de Zetti em 1993 e foi protagonista em 2005 – 12 anos de diferença. Doze anos em alta competição é uma eternidade. São quatro Copas do Mundo.

Principalmente para Tevez, que apanha sem parar.

Além de Rogério, o maestro Ricardo Bochini, do Independiente, também ganhou a Libertadores com 12 anos de intervalo, nas edições de 1972 e 1984.

Outros brasileiros vitoriosos e resistentes na Libertadores são Luizão (1998 e 2005) e Danilo (2005 e 2012). Sete anos. Entre os argentinos, destaque para Maidana e Bertolo (2007 e 2015, com Boca e River). Riquelme também fez sucesso por longo tempo – sete anos entre seus títulos (2000 e 2007).

Ever Almeida, goleiro paraguaio do Olimpia e recordista de jogos (113 de 1973 a 1990) da Libertadores, alcançou 11 anos de intervalo entre as suas conquistas – 1979 e 1990.