Artilheiro da Libertadores é processado por dopar e matar sua égua
Tales Torraga
Artilheiro da Libertadores, o argentino José Sand, do Lanús, está sendo processado no país por ''dopagem de animais, jogo clandestino, exercício ilegal de medicina e associação ilícita''. A ação é movida pela morte da sua égua, ''Dona Fantasia'', em páreo do dia 27 de agosto no Jockey Club de Goya, na província de Corrientes.
Segundo a Associação de Advogados e Funcionários pelos Direitos Animais (AFADA), a égua que pertencia ao atacante e ao seu irmão, César Sand, caiu desmaida e morta por uma ''parada cardiorrespiratória devido à adoção ilegal de coquetel de drogas aplicado antes da corrida para melhorar o rendimento''.
Depois da morte, um dos advogados da AFADA ordenou a exumação do cadáver da ''Dona Fantasia'', e a autópsia comprovou o uso da substância estricnina, estimulante que causou ''excitação, aumento da circulação de sangue e a aceleração das pulsações da égua''.
Foram encontrados também restos de dipipanona, droga que atuaria como anestésico e analgésico para mascarar a dose de estricnina.
A defesa do jogador afirmou que vai se pronunciar sobre às vésperas do depoimento previsto para 28 de dezembro, mas que deve ser adiado para o fim de janeiro. Sand tem 37 anos e foi o carrasco do River Plate ao comandar a virada do Lanús por 4 a 2 na partida de volta das semifinais. Na ocasião, ele dedicou o triunfo à ''nação burreira que o acompanhava sempre''.