Renato bate recorde na Argentina
Tales Torraga
O Brasil finalmente tem um campeão da Libertadores como jogador e técnico. E Renato Gaúcho merece uma menção à parte pela sua persistência. Além de ser o primeiro profissional a obter este título duplo pelo país, ele passa a ser também o campeão que levou mais tempo entre as conquistas como jogador e técnico.
Renato tinha 20 quando vestiu a camisa 7 na conquista gremista de 1983. Faria 21 anos um mês e meio depois. Hoje técnico, com 55, precisou esperar 34 anos para repetir a Copa à beira do gramado. O intervalo é quatro anos maior que o do uruguaio Luis Cubillas, tricampeão como jogador e bi como treinador. Entre a primeira e a última conquista do uruguaio se passaram exatos 30 anos.
Além das taças como técnico e atleta, Renato também tem dois vices, um em cada situação. Em 1984, era ponta do Grêmio que perdeu para o Independiente. Em 2008, comandava o Fluminense batido pela LDU nos pênaltis no Maracanã.
Os títulos conquistados por Renato são valiosos também pela origem dos adversários: os uruguaios do Peñarol em 1983 e os argentinos do Lanús nesta semana. O Brasil está exatamente entre os dois vizinhos no pódio de títulos.
A ordem de conquistas por país agora é Argentina (24), Brasil (18) e Uruguai (8).
Confira os campeões da Libertadores como jogador e técnico:
Renato Gaúcho (1983 e 2017 – 34 anos de intervalo)
Luis Cubillas, uruguaio (1960, 61 e 71, como atleta, e depois 79 e 90 – 30 anos)
Marcelo Gallardo, argentino (1996 e 2015 – 19 anos)
Nery Pumpido, argentino (1986 e 2002 – 16 anos)
José Omar Pastoriza, argentino (1972 e 1984 – 12 anos)
Roberto Ferreiro, argentino (1964 e 1965, como atleta, e depois 1974 – 10 anos)
Juan Martín Mujica, uruguaio (1971 e 1980 – 9 anos)
Humberto Maschio, argentino (1967 e 1973 – 7 anos de intervalo)