Di María vive “tudo ou nada” contra a Venezuela
Tales Torraga
Primeiro foi Sergio ''El Kun'' Agüero. Depois, Gonzalo ''El Pipita'' Higuaín. Os dois saíram da seleção titular da Argentina – e o terceiro muito cotado a seguir este caminho é Ángel Di María, o ''Fideo'', macarrãozinho que é pela sua magreza.
Di María foi titular e jogou os 90 minutos contra o Uruguai na última quinta em Montevidéu, mas foi um desastre. Tentou 14 cruzamentos e errou – incrível – todos. Saiu só aos 46 do segundo tempo para a entrada de Correa.
Di María é grande motivo de chacota aqui pelos lados portenhos. A ira da torcida argentina com ele é tão incômoda que durante o próprio jogo contra o Uruguai ele virou o assunto do momento do Twitter tamanha era a enxurrada de críticas e de gozações com sua pálida atuação.
Jorgelina, que é sua esposa desde 2011, deu diversas e agressivas entrevistas à imprensa argentina defendendo o marido. Uma das grandes insatisfações da torcida com ele é o fato de jogar na seleção com ''a cabeça no Barcelona''.
Sim, a capacidade inventiva por esses lados é gigante.
No Barcelona ou na própria seleção, é fato que Di María precisa cuidar demais da sua cabeça e não sucumbir à enxurrada de críticas que acabou custando os lugares de Agüero e Higuaín. Aos 29 anos, ele também não vê muito mais chão pela frente em uma seleção argentina capaz de enlouquecer qualquer um – e há uma séria preocupação também com Jorge Sampaoli, elétrico por natureza, mas que passou 90 minutos à beira de um colapso em Montevidéu.
O jogo das 20h30 (de Brasília) desta terça (5) no Monumental de Núñez contra a Venezuela não é encarado como fácil por ninguém. A Argentina precisa demais desta vitória, mas seu futebol demonstrado nesta Eliminatória até aqui não é suficiente para apontá-la como favorita.
A opinião geral em Buenos Aires indica uma vitória sofrida e magra – mas que seria suficiente para tirar a Argentina desta inglória quinta colocação que dá passagem apenas para a Repescagem.
Sofrido – e magro por natureza – está também Di María. Ou joga bem nesta terça ou deixa a equipe. Simples assim. Não se vê em Sampaoli um comandante que faça questão de resguardar quem quer que seja em busca de uma classificação que atormenta ainda mais esta fria e chuvosa Buenos Aires.