Patadas y Gambetas

Relembre 5 sufocos argentinos nas Eliminatórias. Agora é a vez de Messi…

Tales Torraga

Buenos Aires acordou (mais) ansiosa na véspera do duelo crucial contra o Chile, às 20h30 desta quinta, no Monumental de Núñez. Esta é a pior campanha da Argentina na história das Eliminatórias com o atual formato. E o momento de Edgardo Bauza é crítico. Patón conquistou só oito dos 18 pontos que disputou.

Como um tango daqueles bem sofridos e arrastados, a Argentina que hoje está na Repescagem guarda sufocos terríveis nas Eliminatórias. Relembramos cinco deles.

(Preparate, Messi!)

2009. Diego Maradona era o técnico, e a Argentina precisou de um gol milagroso de Palermo contra o Peru, no Monumental empapado de chuva, e outro de Bolatti contra o Uruguai, para se classificar só na última rodada. Maradona foi Maradona – e bem pior que Zagallo e o ''vão ter que me engolir''. El Diez disparou aos jornalistas em plena coletiva de imprensa: ''Que chupem e sigam chupando''. Messi já estava no time, e já era muito questionado pelo desempenho. A equipe na ocasião em Montevidéu: Romero; Otamendi, Schiavi, Demichelis, Heinze; Gutiérrez, Mascherano, Verón, Di María (Monzón); Messi (Tevez) e Higuaín (Bolatti).

1993 (1). A Argentina de Coco Basile era a bicampeã da Copa América e tinha um time sólido, com Redondo, Simeone e Batistuta. Pela frente, a Colômbia de Rincón, Asprilla e Valderrama. O jogo terminou na maior surra sofrida pela Argentina em casa: um absurdo 5×0 que deixou a seleção na Repescagem – que também só foi alcançada graças a um 2×2 no finalzinho entre Peru x Paraguai.

1993 (2). A Argentina enfrentou a Austrália pela Repescagem e ganhou apertado. Foi 1×1 em Sydney e 1×0 no Monumental de Núñez, gol de Batistuta. Maradona revelou anos depois que a Argentina se dopou para jogar esta série – justo ele, Diego, banido do Mundial dos Estados Unidos justamente pelo doping. Aquela Argentina atuou com: Goycochea; Chamot, Vázquez, Ruggeri e MacAllister; Pérez, Redondo, Simeone e Maradona; Batistuta e Balbo (Zapata).

1985. Contra o Peru, no Monumental, uma tarde e noite de chuva que deixaram a Argentina apreensiva até o gol de Gareca aos 36min do segundo tempo. O 2×2 foi dramático, mas suficiente para assegurar a vaga e abrir caminho para o Mundial que a equipe conquistaria no ano seguinte, no México. Passarella, a estrela da classificação, não jogou aquela Copa. Ele suspeita até hoje que tenha sido envenenado pela própria Comissão Técnica. A seleção escalada por Carlos El Narigón Bilardo em Núñez foi: Fillol; Camino (Gareca), Passarella, Trossero e Garré; Giusti, Barbas (Trobbiani), Burruchaga e Maradona; Pasculli e Valdano.

1969. Mas no outro Mundial do México, em 1970, o país sequer se classificou. Foi eliminado pelo mesmo Peru, na Bombonera, que desde então passou a ser um território maldito para a seleção argentina. O Peru era treinado pelo brasileiro Didi, que por conta desta façanha na cancha do Boca foi…contratado pelo River. Foi 2×2, e a Argentina treinada por Adolfo Pedernera tinha: Cejas; Gallo, Perfumo, Albrecht e Marzolini; Rulli, Brindisi, Pachamé e Marcos; Yazalde e Tarabini.