A insólita passagem de Sampaoli pela prisão argentina no Ano Novo
Tales Torraga
Jorge Sampaoli ficou poucos dias na Argentina nesta virada de ano. E um dos compromissos que o hoje técnico do Sevilla não abriu mão foi passar pela prisão de Ezeiza para visitar um velho amigo, Patricio Santos Fontanet, o Pato Fontanet, vocalista da extinta banda Callejeros e hoje cantor no grupo Don Osvaldo.
Sampaoli é fanático por rock e grande fã de Fontanet. Já declarou que ia ao shows da banda Callejeros, famosa pela tragédia que matou quase 200 pessoas em incêndio em 2004 na República Cromañon, casa de shows de Buenos Aires.
O apreço de Sampaoli pelos Callejeros é tamanho que ele até tatuou um trecho da música ''Prohibido'', talvez o grande sucesso da banda.
''Acabo de vê-lo e é verdade que sua grandeza é tremenda. Quando falo com ele, sempre tiro muitas conclusões'', disse Sampaoli, que fez questão de passar com o amigo a delicada data – 30 de dezembro – na qual a tragédia completou 12 anos.
''O valor que Pato tem se mostra na sua fortaleza que ele tem acima do palco e agora na realidade injusta que enfrenta. Ele não quer que ninguém lhe dê nada. Não quer ser diferente dos outros presos que estão aí'', seguiu o treinador.
''Pato quer cumprir a pena e sair. Está pensando na música, nos discos novos, nas letras. São pessoas que me ficam para sempre porque são conquistadores de massas e isso não tem preço'', finalizou o treinador de Paulo Henrique Ganso.
Fontanet está preso por ter sido julgado como um dos culpados pela tragédia. A música que fez Sampaoli tatuar um trecho (''No escucho y sigo…'') é esta aqui.