‘Maldição de Palermo’ assombra o Boca
Tales Torraga
Palermo / Parou / O Boca acabou.
O cântico não existe em espanhol, mas a gozação que a torcida do Santos ouviu por décadas seria perfeita para o momento do Boca Juniors. Ninguém se apropriou da histórica camisa 9 depois do adeus de Martín El Titán Palermo em 2011.
Bastante tripudiado fora da Argentina, Palermo está acima de Maradona e Riquelme para boa parte da torcida do Boca. Fez 236 gols oficiais e é o maior artilheiro da história do clube. E os sucessores sofrem para chegar a 10% da sua produção.
O artilheiro xeneize na Era D.P (Depois de Palermo) é Lucas Viatri, 31 gols em 133 jogos entre 2007 e 2013. Viatri hoje está no Estudiantes de La Plata.
Na sequência vêm Jonathan Calleri (23 gols em 61 jogos), Emmanuel Gigliotti (22 em também 61) e Santiago Silva. El Tanque, esperança de gols do Boca que perdeu a Libertadores de 2012 para o Corinthians, anotou 19 em 55 jogos.
A lista inclui também, com quantidade inferior, o aposentado Daniel Loco Osvaldo, Nicolás Blandi (hoje no San Lorenzo), o são-paulino Andrés Chávez e Darío Cvitanich (vendido para a França e atualmente no Miami FC).
A esperança da vez é outro Darío, este acima, Darío Benedetto, ex-América-MEX.
Bostero fanático, tem até uma tatuagem com o escudo. Fez, no último domingo, sua sexta partida pelo Boca, a quarta como titular. O rendimento é fraco: só marcou um mísero gol, contra o nanico Santamarina, pela Copa Argentina.
Tevez, mais para camisa 10 que para 9, soma 19 gols nesta volta ao time (45 jogos). Por xingar o juiz, ainda precisa cumprir mais duas partidas de suspensão.
O próximo capítulo desta busca por gols será na Bombonera às 18 horas deste domingo contra o Quilmes. É bom o ataque caprichar. A gastada do momento nas calles de Buenos Aires é chamar a torcida do Boca de 'viúvas do Palermo'.
E está bem difícil rebater.