Patadas y Gambetas

Corinthians x Palmeiras mais famoso na Argentina teve craques e briga

Tales Torraga

A Argentina adora, conhece e respeita o futebol do Brasil.

Mas isso não significa parar para ver os jogos do Campeonato Brasileiro.

Há 11 anos, foi diferente. E é preciso olhar para o Corinthians para entender.

Bancado pelos dólares da MSI, a equipe contava com Tevez e Mascherano, as duas então enormes revelações de Boca Juniors e River Plate. Boca e River dominam a Argentina: suas torcidas correspondem a cerca de 75% do país.

Corinthians e Flamengo não são nem metade disso. Somam 32% do Brasil.

Tevez e Mascherano jogaram juntos no Corinthians pela primeira vez na fria tarde de domingo de 10 de julho de 2005  – e justamente contra o Palmeiras no Morumbi.

(Com 40.000 pagantes e espaços divididos às torcidas. Como isso pôde terminar?).

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O Corinthians x Palmeiras foi sucesso de atenção em Buenos Aires – até porque todos os grandes estavam de folga no Campeonato Argentino.

Na TV, TyC Sports e ESPN transmitiram o jogo ao vivo e em teipe para toda a Argentina. E havia sim bastante interesse pelo que se passava no Morumbi.

Menos por Corinthians e Palmeiras; mais, óbvio, por Tevez e Mascherano.

Os grandes jornais retrataram tal relevância.

Saíram longas matérias do jogo no ''Olé'', ''Clarín'' e ''La Nación'' – especialmente pela estreia de Mascherano. Destacavam seu caráter –''Mal chegou e o técnico Márcio Bittencourt já o prepara para ser o capitão…'' – e o valor desembolsado pela MSI: 15 milhões de dólares, cobrindo ofertas da Itália, Espanha e Inglaterra.

Mascherano fez a estreia sonhada. O Corinthians venceu por 3×1 e baile. Tevez e companhia controlaram o jogo e detonaram a ira contrária. Teve briga entre Carlitos e o lateral palmeirense Baiano, outro ex-Boca, que acusou o 10 de ter lhe cuspido.

O clássico ganhou espaço até na primeira página do “Olé” da segunda-feira com Baiano 'louco pelo baile que tomou'. Bom futebol e calentura. Bien argentino.


Como ganharia capa também aquele confuso título brasileiro do Corinthians.

Tevez mais que brilhou – foi o 'Rei do Brasil', a versão 2005 de Maradona no Napoli por sua transcendência no time e por toda a loucura desatada pela torcida no Brasil.

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Mascherano pouco jogou naquele Brasileiro: só nove partidas até quebrar o pé.

Hoje, Mascherano (128) e Tevez (76), somadas as participações de cada um, têm 204 jogos pela seleção argentina. É um número que dá boa dimensão da dupla.

É mais, por exemplo, que Pelé (115) e Zico (83) – 198 – pela seleção brasileira.

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