Bauza x Russo: prós e contras dos candidatos a técnico da seleção argentina
Tales Torraga
Deste abraço de dois anos atrás em Rosário deve sair o novo técnico da Argentina.
Miguel Ángel Russo, de 60 anos, ou Edgardo Patón Bauza, de 58?
Os prós e contras que cada um leva para a mesa de negociações nesta reta final:
PATÓN BAUZA
Zagueiro. 3 jogos pela seleção entre 1981 e 1990
Prós:
– Tem a simpatia declarada de Armando Pérez, seu 'futuro chefe'.
– É visto pela AFA como personagem influente junto a outro símbolo argentino: o papa Francisco, notório torcedor do San Lorenzo e apreciador do seu trabalho.
– É comedido nas declarações e preza pelo perfil baixo que caracterizou os antecessores Sabella e Martino.
– É de Rosário e seu preparador físico já trabalhou com a família de Messi. Seria importante para convencer o camisa 10 a voltar à Seleção.
– Viajou da noite para o dia assim que a 'nova AFA' assumiu. Muito comprometido.
Contras:
– O estilo defensivo não encontra carinho da torcida.
– Jamais comandou River ou Boca, grife que respaldaria o cargo.
– É considerado pouco adepto de tecnologias, e os jogadores desta Seleção já demonstraram estar imersos nela.
– Não tem experiência em seleções e assumiria a Argentina no momento em que a bagagem seria bem-vinda.
– Tem escasso currículo também com estrelas.
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MIGUEL ÁNGEL RUSSO
Volante. 17 jogos (1 gol) pela seleção entre 1983 e 1985
Prós:
– Tem o apoio do presidente da Argentina Maurício Macri – então mandatário do Boca que o contratou em 2007 para dirigir o clube no título da Libertadores.
– Goza do carinho e gratidão da torcida xeneize, boa claque para sua chegada.
– Conta com o prestígio de dois medalhões: Carlos Bilardo e Alfio Coco Basile.
– É considerado político o suficiente para lidar com as tormentas da AFA e da Conmebol (atuou nela na última Copa América).
– Seu aspecto professoral intimida estrelismos.
Contras:
– Não fez nenhum bom trabalho desde que ganhou a Libertadores de 2007.
– Está inativo há dois anos e sem encaixe natural no mercado.
– Também não tem experiência em seleções.
– É explosivo à beira do campo e chegou a sair na mão com outro técnico, ninguém menos que Loco Bielsa.
– O passado no Boca não impede que esteja marcado em Buenos Aires como técnico pouco confiável desde o Apertura 2008. Pelo San Lorenzo, perdeu, contando com oito pontos de vantagem, um triangular contra Boca e Tigre.
Na 'El Gráfico', Russo já aparecia em pesquisa para técnico da seleção em…1994!