Boca perde sua maior invencibilidade em Libertadores, mas encaminha vaga
Tales Torraga
A derrota em Quito para o Independiente del Valle não deve assustar o Boca Juniors para a definição da semifinal na próxima quinta (14) em Buenos Aires.
Apesar de levar a virada – estava ganhando por 1×0, gol do volante Pablo Pérez -, a equipe mostrou o suficiente para a classificação: raça e entrega ofensiva.
A curiosidade da alta noite de Quito e seus 2.850 metros de altitude veio da estatística: com a derrota desta quinta, o Boca encerrou a sua maior série invicta na Libertadores. Eram 11 jogos sem perder: o escandaloso empate contra o River ano passado na Bombonera na Noite do Gás e as dez partidas desta campanha.
Tão parelho, o duelo teve a bola do jogo, no último lance de partida, com o Boca, errada por Betancur. Ao Independiente del Valle contribuíram a altitude – o desempenho físico no segundo tempo foi desigual – e um erro crasso do lateral-esquerdo Fabra que possibilitou o gol da virada.
Tevez foi bem, mas errou um mano a mano que deveria garantir o empate no fim.
A questão técnica está nos conformes. Não houve lesionados ou expulsos, e uma vitória simples garante o Boca na final. Resta saber como ficará a cabeça.
A euforia da torcida rapidamente poderá virar uma arma de doble filo. Perder para qualquer adversário na Bombonera é raridade na história do Boca. Para o anônimo Independiente, pouco habituado a jogos de tal quilate, ainda mais.