Patadas y Gambetas

Os (muitos) recordes da histórica noite de Messi, 26min e 3 gols em Chicago

Tales Torraga

A Argentina atropelou o Panamá como se imaginava – 5×0.

Difícil de supor, só a façanha de Lionel Messi.

Reserva, assim como na estreia contra o Chile, foi a campo aos 16 minutos do segundo tempo. Aos 23, 33 e 42 (26 minutos desde a entrada), fez três históricos gols para chegar aos 53 pela seleção e ficar a apenas um de Gabriel Batistuta, 54.

A Argentina já está em contagem regressiva para ver Messi igualar e superar El Batigol às 23h da próxima terça, contra a lanterna Bolívia, no fechamento da fase.

Outros dados que dão o tamanho de sua histórica noite em Chicago:

* Primeira tripleta de Messi em jogos oficiais de seleção. Antes, havia feito três gols em um mesmo amistoso contra Brasil, Guatemala e Suíça.

* Só o segundo na centenária história da Copa América a ser reserva e fazer três gols no mesmo jogo. Antes, só Paulo Valentim em 1959.

* Segunda vez na história de 114 anos da seleção argentina que um suplente faz três gols em única partida oficial, igualando marca de 1940 (Luis Arrieta).

* Com apenas meia hora em campo, Messi já igualou Philippe Coutinho como o artilheiro desta Copa América.

* Justo no dia seguinte ao comentário de Maradona ('Messi não tem personalidade'), obteve o que El Diegote jamais alcançou: 3 gols em único jogo oficial.

* Igualou a soma das suas participações anteriores em Copa América (também 3 gols em 16 jogos).

Foi contra o Panamá, tudo bem, que jogava com homem a menos, é verdade. Mas até a entrada de Messi estava só 1×0 e a Argentina atuava mal, com displicência.

O furacão Messi amenizou o susto com Ángel Di María em nova lesão muscular.


Foi assim na Copa do Mundo do Brasil, quando Angelito se machucou contra a Bélgica nas quartas e não jogou as muy bravas com Holanda e Alemanha.

Foi assim na última Copa América, na final ante o Chile, ainda no primeiro tempo.

Di María chorou a morte da avó ao fazer gol no mesmo Chile na segunda-feira.

Hoje, quase chorou de novo.

O mito Indio Solari já cantava: 'Ángel de la soledad…Y de la desolación…'.