Patadas y Gambetas

Cinco razões para acreditar que a Argentina será campeã da Copa América

Tales Torraga

Nesta segunda (6), às 23h, em Santa Clara, a Argentina estreia na Copa América contra o Chile – de amargas lembranças pela derrota na última final da competição.

Lucas Biglia, Ezequiel Lavezzi, Pulga Messi e los ángeles Di María e Correa

23 horas para ver os 23 anos da fila que perturba uma geração.

O último título argentino, vale reforçar, ocorreu em 1993, também em Copa América.

Dois ouros olímpicos desde então, 2004 e 2008, verdade, mas entre profissionais é muito tempo, uma eternidade, sem conquistas em país tão apaixonado e exitista.

Ao menos em Buenos Aires, a Argentina é, mais uma vez, praticamente obrigada a voltar ao título. Com legião de craques e líder do ranking da Fifa. Qué más querés?

Listamos cinco motivos para acreditar em um – finalmente… – final feliz argentino:

1) VINGANÇA. Nesta Copa América, são 16 os argentinos que há um ano perderam a final para o Chile depois de 0x0 e pênaltis na triste noite de sábado em Santiago.

E 11 do vice no Mundial do Brasil. A urgência de conquista faz jogadores veteranos (Mascherano, 32, Lavezzi, 31, Romero, 29…) lidar com pressão extra. Sabem que estão cada vez mais perto de encerrar a história na seleção. E sem títulos.

2) SUPERATAQUE. É a maior geração de delanteros argentinos na história. Messi vem de 41 gols na temporada – e jogou de forma menos artilheira no Barcelona.

Higuaín (38), Agüero (24), Di María (15 gol e 24 assistências), Gaitán (11) e Lamela (10) vêm de atuações que condizem com a fama. A confirmá-la agora na seleção.

3) TATA MARTINO. Está pouco menos criticado na Argentina que Dunga no Brasil. Seu cargo está exposto na Copa e qualquer fracasso põe em risco sua sequência.

Martino reconhece: ''Se não ganho a Copa, ileso não saio'', mas sua atitude nos bastidores é positiva. Ficou sem receber salários por quatro meses. E sem chiar.

4) MESSI. Ele é o ''começo e o fim da ilusão do país''. Capitão e maior craque de qualquer grupo, é observado por todo o mundo e pressionado por finalmente render na seleção como no Barcelona. Como se a qualidade dos colegas fosse a mesma.

Está longe do melhor. Golpeado fisicamente (dores na lombar) e psicologicamente (conflitos recentes com a Justiça e com o pai). Resta saber como será sua versão, se mais artilheira ou passadora. 50 gols na seleção, está a 4 do recordista Batistuta.

5) REBELDIA. A seca é teste de orgulho e patriotismo para esses jogadores.

Nada mais argentino. Coronados de gloria vivamos o juremos con gloria morir.

Mesmo atletas de recente chegada à seleção – Funes Mori, Mercado, Kranevitter, Lamela e Gaitán, por exemplo – sabem que a dívida é de todos, e que pôr a cara faz parte da rotina desde cedo. Todos vão se matar. Ninguém vai se esconder.

Os 23 argentinos que a partir de hoje vão jugar el corazón: