Pelo Boca: usada por Calleri, camisa 12 está proibida no River há três anos
Tales Torraga
Os dois gols de Jonathan Calleri no São Paulo 2×1 River Plate machucaram ainda mais o time de Núñez por algo impensado no Brasil: sua camisa, a 12, foi proibida no River pela associação com o Boca Juniors e sua barra brava Doce (12º jogador).
Criticada por muitos, a medida foi anunciada em fevereiro de 2013 pelo então presidente Daniel Passarella. Se Calleri recorre ao 12 para lembrar o Boca, dois outros jogadores de grande identificação com o River vestiram o número 25 por representar a galinha – apelido do clube – na Quiniela, a loteria argentina.
Um deles, o volante Matías Almeyda, 25 na Lazio, Inter de Milão e no próprio River.
Outro, o zagueiro da seleção Ramiro Funes Mori, campeão e autor de gol na final da última Libertadores com o River e hoje 25 no Everton, da Inglaterra.
Outro argentino em atividade no Brasil que escolheu número identificado com time argentino é Mancuello, do Flamengo: 23, em alusão à vantagem do Independiente, seu ex-clube, no histórico contra o rival de Avellaneda e de toda a vida, o Racing.
Muitos argumentam que a escolha pelo número é uma forma de fazer média com a torcida do ex-clube e manter portas abertas para um eventual retorno. Outros avaliam diferente: é amor legítimo. Seja qual for a opinião, é mais um importante retrato da passionalidade (ou loucura?) com a qual o argentino vive seu futebol.
A numeração completa do atual River Plate – sem o 12, sim com 25 – é esta aqui.