Muralhas, craques, zagueiro bélico. 5 razões para não perder Racing x Boca
Tales Torraga
Hoje é dia do clássico argentino mais aguardado da fase de grupos. Racing e Boca Juniors se enfrentam às 19h30 no Cilindro de Avellaneda com tudo o que a Libertadores tem de especial: luta, talento e torcida apaixonada em estádio lotado.
Racing (8) e Boca (6 pontos) lideram o Grupo 3 com vaga encaminhada ante Bolivar-BOL e Deportivo Cali-COL. O clássico é imperdível por cinco razões.
MURALHAS DE SELEÇÃO. Agustín Orion, 34 anos, pelo Boca; Sebastian Saja, 36, pelo Racing. Dois dos melhores goleiros da Argentina guardam outra similaridade: já atuaram na Seleção. Orion vez ou outra segue convocado. Saja defendia o Grêmio que perdeu, justo para o Boca, a final da Libertadores de 2007.
ZAGUEIRO BÉLICO. Cata Díaz tem 36 anos – seis de Europa – e atitudes que não condizem com a bagagem. Na última vez que jogou no Cilindro foi expulso por mão na bola e saiu de campo com este gesto obsceno – algo que não é incomum em seu repertório. Era dos líderes do Boca com Orion e Tevez. Tem perdido ascendência.
VOLANTES RECUPERADOS. Fernando Gago é velho conhecido. Brilhou pelo Boca, pelo Real Madrid, pela Seleção e está voltando ao seu melhor depois de grave lesão. Quem retornou após séria complicação, mas ainda não teve tempo de brilhar, é Ezequiel Videla, o ''Mascherano'' do Racing. Leão é pouco para defini-lo.
ROMERO, O NEYMAR PARAGUAIO. Óscar Romero tem 23 anos e é irmão do corintiano Ángel Romero. Habilidoso e encarador (inclusive para enfrentar patadas), é comparado a Neymar. Dos grandes jogadores em atividade na Argentina. Ir à Europa é questão de meses – a não ser que jogue em dezembro o Mundial.
TEVEZ CONTRA SUPERATAQUE. Carlitos tem rendido melhor desde a chegada do técnico Schelotto. Os companheiros é que precisam entregar mais, tanto que o Boca está desesperado para contratar um 9. O Racing em compensação tem delantera fatal. Bou e Licha López estão com tudo. Milito hay uno solo. No banco.
Racing: Sebastián Saja; Iván Pillud, Nicolás Sánchez, Leandro Grimi e Germán Voboril; Oscar Romero, Ezequiel Videla, Luciano Aued e Marcos Acuña; Gustavo Bou e Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.
Boca Juniors: Agustín Orión; Gino Peruzzi, Daniel Díaz, Juan Insaurralde e Frank Fabra; Fernando Gago, Andrés Cubas e Nicolás Lodeiro; Cristian Pavón, Carlos Tevez e Federico Carrizo. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.
Árbitro: Carlos Vera (Equador).
Jogo de ida: 0x0 na Bombonera sem público.